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Grupo Volkswagen regista lucros superiores a 5.000 milhões

O grupo Volkswagen obteve, em 2016, lucros superiores a cinco mil milhões de euros, depois de ter vendido mais de 10 milhões de automóveis. Olhando apenas para o último trimestre, o resultado operacional da marca Volkswagen superou os 600 milhões.

Volkswagen 236,600 mil milhões de dólares
reuters, bloomberg
14 de Março de 2017 às 12:34
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O ano de 2016 foi positivo para o grupo alemão Volkswagen. Neste período, e de acordo com a informação publicada esta terça-feira, 14 de Março, o grupo automóvel teve lucros atribuídos aos accionistas em torno de 5,14 mil milhões de euros. Um valor que contrasta fortemente com o prejuízo de quase 1,6 mil milhões registado em 2015.

As receitas cresceram 1,9% em 2016 para quase 217,3 mil milhões de euros. Nos 12 meses de 2016, o grupo que detém marcas como a Audi, Volkswagen, Porsche e Skoda, vende perto de 10,4 milhões de carros, um valor também acima do registado em 2015 - altura em que foram vendidas 10.009,605 unidades. Apesar das vendas terem ficado abaixo dos 10,4 milhões, o grupo produziu 10.405,092 de viaturas no ano passado.

O resultado operacional do grupo fixou-se nos 7,1 mil milhões de euros. O EBITDA (resultado operacional, antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 18,9 milhões de euros.

Matthias Mueller, CEO do grupo Volkswagen, reconheceu na conferência de imprensa, citado pela Bloomberg, que "não há dúvidas que as consequências da crise do diesel prejudicou-nos no ano passado, não apenas em termos financeiros". "Mas mantivemo-nos na nossa trajectória e tivemos um dos melhores desempenhos operacionais apesar de tudo".

Olhando apenas para o último trimestre do ano passado, o resultado operacional da marca Volkswagen atingiu os 625 milhões de euros nos últimos três meses de 2016, de acordo com o anúncio da construtora automóvel, citado pela Bloomberg. Este valor contrasta com os prejuízos de 127 milhões de euros registados no quarto trimestre de 2015. O corte de custos e as vendas, que atingiram um valor recorde, ajudaram a impulsionar a margem de lucro para 2,2% de Outubro a Dezembro de 2016. No período homólogo de 2015, a margem de lucro fixou-se nos 1,6%, segundo a mesma fonte. A meta estabelecida para 2020 é de uma margem de lucro de 4%.

Estes números da marca Volkswagen foram ofuscados, no entanto, pelos resultados da Audi. Os resultados operacionais da Audi - do universo grupo Volkswagen - caíram de 1,11 mil milhões de euros de Outubro a Dezembro de 2015 para 928 milhões de euros no mesmo período mas de 2016. Por outro lado, a Porsche viu os seus lucros operacionais passarem de 858 milhões de euros nos últimos três meses de 2015 para 1,02 mil milhões de euros no quarto trimestre do ano passado.

Aumentar os lucros é para o grupo automóvel alemão crítico. Devido ao escândalo das emissões de gases, a construtora automóvel teve de fazer uma provisão de 22,6 mil milhões de euros para pagar multas, recomprar viaturas e pagar a reparação de outras, segundo a agência.

Matthias Mueller, CEO do grupo Volkswagen, em comunicado divulgado após a divulação dos resultados, citado pela agência de informação financeira, mostrou-se optimista quanto ao futuro. "Em 2016, preparámos o caminho para a maior transformação na história da empresa enquanto, ao mesmo tempo, tivemos um desempenho da nossa actividade corrente melhor do que muitos pensaram ser possível", disse.

Já durante a conferência de imprensa, posterior à apresentação destes números, Matthias Mueller apontou que o grupo Volkswagen tem capacidade para suportar os custos da crise provocada pelas emissões fraudulentas de gases. A marca alemã acredita mesmo que este ano será melhor do que 2016. "Vemos boas hipóteses de sermos capazes de continuar com o desempenho positivo do ano passado", afirmou Matthias Mueller, CEO da Volkswagen, esta terça-feira, 14 de Março, citado pela Reuters.

"Os próximos anos vão ser caracterizados por uma transformação profunda", afiançou Mueller, citado pela Bloomberg. "Estabelecemos metas ambiciosas mas realistas. E vamos cumprir".


Por esta altura, as acções da Volkswagen descem 0,73% para 143,10 euros.

Volkswagen admite culpa nos EUA. Multa ascende a 2,8 mil milhões


Ainda na semana passada, a Volkswagen declarou-se culpada, num tribunal de Detroit, de conspirar para defraudar milhares de pessoas nos Estados Unidos com a manipulação das emissões poluentes nos veículos com motores 'diesel'.

A declaração de culpabilidade da VW faz parte do acordo que o grupo alemão alcançou em Janeiro com as autoridades norte-americanas para resolver o caso que afectou quase 600 mil veículos com um dispositivo que manipula as emissões poluentes realmente produzidas.

Segundo o acordo, a empresa vai pagar 2.800 milhões de dólares (2.640 milhões de euros) como "multa penal por conspiração de longo prazo para vender aproximadamente 590 mil veículos a 'diesel' nos Estados Unidos usando um dispositivo que manipulava os testes de emissões ordenados pela Agência de Protecção Ambiental (EPA)" e autoridades da Califórnia.

Também na sequência do escândalo de emissões de gases, a marca alemã decidiu, em Fevereiro, reduzir em 40% os salários dos gestores, indicando que a remuneração do líder do grupo não pode exceder os 10 milhões de euros por ano.

A remuneração de cada um dos restantes membros do conselho de administração fica limitada a 5,5 milhões de euros anuais.

 

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