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Escândalo da Volkswagen "mancha" Audi

Os esforços da construtora automóvel alemã foram prejudicados pela perda de um quadro fundamental para a Audi, depois de uma investigação ter demonstrado que o responsável conhecia a manipulação das emissões.

Negócios 27 de Setembro de 2016 às 09:51
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A Audi, que tem gerado receitas "gordas" para a Volkswagen, apesar do escândalo da manipulação de emissões, foi ela própria atingida em força, depois de uma investigação ter mostrado que o chefe do desenvolvimento da empresa, Stefan Knirsch, sabia da manipulação quando assumiu o cargo, há menos de 10 meses.


Segundo a Bloomberg, este responsável, que acabou por abandonar a Audi com efeitos imediatos esta semana, foi escolhido pelo CEO Rupert Stadler, para substituir Ulrich Hackenberg, que foi afastado por causa da polémica há cerca de um ano.


O próprio Stadler está sob pressão da investigação. "Deixámos claro desde o início que não vamos poupar nomes importantes na investigação e iremos agir se for necessário", salientou Berthold Huber, um dos líderes do conselho de supervisão da unidade.


A Audi não comentou esta saída. A unidade é a que mais lucros gera no grupo Volkswagen neste momento, além de incubar tecnologia que acaba por chegar às marcas mais populares e disseminadas da empresa. Além disso, acaba por ser um meio de os executivos mostrarem que estão preparados para cargos na cúpula do grupo. Esta ligação tem suscitado dúvidas sobre o papel da Audi no escândalo de manipulação, tendo em conta o domínio tecnológico da unidade.


Até agora, a unidade tinha escapado apenas com implicações marginais. Mas a empresa estava sob escrutínio das autoridades nos EUA pelo desenvolvimento de motores maiores, que não cumprem com os regulamentos aplicados ao gasóleo.


E os media, nomeadamente alemães, não deixam esfriar o assunto. A revista Der Spiegel ligou Stadler à crise e outras notícias alegam que os executivos conheciam a manipulação de emissões quase há uma década. O CEO refutou as acusações, afirmando que está a ajudar a investigação.   


Os investigadores estão a tentar perceber exactamente quando é que o software no centro do escândalo foi afinado para manipular as emissões. 

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