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Terras & Terroir entra na Bairrada com compra da Quinta do Ortigão

O grupo que detém a Pacheca (Douro) e a Caminhos Cruzados (Dão), adquiriu a centenária Quinta do Ortigão, em Anadia. Pedro Alegre mantém a gestão e uma participação minoritária para assegurar “uma transição tranquila”.

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António Larguesa alarguesa@negocios.pt 02 de Agosto de 2021 às 13:53

Depois de comprarem a Quinta da Pacheca (Lamego) em 2012, a Quinta de São José do Barrilário (Armamar) em 2017 e a Caminhos Cruzados (Nelas) em 2020, os empresários Paulo Pereira e o casal Maria do Céu Gonçalves e Álvaro Lopes acabam de fechar a aquisição da Quinta do Ortigão (Anadia).

 

Sem revelar o valor do negócio, a administração do grupo Terras & Terroir anunciou esta segunda-feira, 2 de agosto, a entrada na região da Bairrada, depois de terem começado pelo Douro há quase uma década e expandido para o Dão no final do ano passado.

 

"Com a entrada de novos acionistas no capital da empresa, a Quinta do Ortigão ganha dimensão e visibilidade, mantendo a sua identidade, cimentada ao longo de quatro gerações a produzir vinhos e espumantes de reconhecida qualidade", destaca Pedro Alegre, que mantém uma participação minoritária e a gestão, assegurando assim "uma transição tranquila".

 

A Quinta do Ortigão ganha dimensão e visibilidade, mantendo a sua identidade, cimentada ao longo de quatro gerações a produzir vinhos e espumantes. Pedro Alegre, gestor e sócio minoritário da Quinta do Ortigão

 

Constituída por 15 hectares de vinhas, nesta propriedade estão plantadas as castas típicas da Bairrada, informa a empresa num comunicado de imprensa. É o caso da Maria Gomes, Arinto e Bical nos brancos; e da Baga que domina nos tintos, complementada pelas castas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Cabernet Sauvignon.

 

Os também donos da Agriberia, maior distribuidora de produtos portugueses em França, sublinham o "percurso profissional com mais de 30 anos a comercializar produtos portugueses pelo mundo" que os leva a "[conhecer] muito bem as várias regiões do país". "Juntamos a essa visão a nossa capacidade de trabalho e de envolvimento das equipas, e estamos certos de estar a trilhar um caminho excecional", acrescentam.

 

Maria do Céu Gonçalves é uma das acionistas do novo grupo Terras e Terroir.
Maria do Céu Gonçalves é uma das acionistas do novo grupo Terras e Terroir. Paulo Duarte/Negócios

 

Emigrantes em França, Maria do Céu Gonçalves e o sócio e ex-marido Paulo Pereira entraram no mundo dos vinhos em maio de 2012, com a compra da Quinta da Pacheca à família Serpa Pimentel por um valor a rondar os sete milhões de euros. Na altura, esta propriedade localizada na margem esquerda do rio Douro, em frente à Régua, estava prestes a cair nas mãos da banca.

 

Volvidos quase dez anos, prometem "continuar atentos ao mercado" e a outras regiões de vinho. Sobre a estratégia para o grupo, dizem no mesmo documento que pretendem "retirar o maior potencial" das regiões onde já operam, mas "mantendo vivas as suas histórias e criando mais-valias", o que "significa produzir vinhos de grande qualidade, receber bem todas as pessoas que queiram conhecer o [seu] trabalho e a forma de estar no mundo dos vinhos e do enoturismo".

 

1%Produção

A previsão de colheita do Instituto da Vinha e do Vinho aponta para uma produção de 6,5 milhões de hectolitros em 2021.O



Em 2021, a produção de vinho em Portugal deve aumentar cerca de 1%, em relação à campanha anterior, para um volume total próximo dos 6,472 milhões de hectolitros. Segundo as contas feitas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), a confirmar-se esta previsão na próxima vindima, corresponde a uma subida de 2% face à média das cinco últimas campanhas. As regiões do Douro e Porto (+20%) e do Alentejo (+5%) são as que, em volume, apresentam maiores subidas homólogas.
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