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Ao minuto08.04.2025

Europa volta aos ganhos com a melhor sessão desde novembro de 2022

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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08.04.2025

Europa volta aos ganhos com a melhor sessão desde novembro de 2022

A bonança chegou finalmente aos mercados europeus. Depois de quatro sessões no vermelho, que marcaram as maiores quedas desde a pandemia de Covid-19, os principais índices da região encerraram a negociação desta terça-feira em alta, com os investidores mais otimistas em torno do futuro da política comercial dos EUA.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, encerrou a sessão a valorizar 2,7% para 486,91 pontos - a melhor sessão desde novembro de 2022 -, com o setor dos seguros e dos serviços financeiros a liderarem os ganhos. Já o automóvel e o das telecomunicações registaram as valorizações mais modestas.

Apesar das recuperações desta terça-feira, o Stoxx 600 ainda só conseguiu recuperar ligeiramente das perdas registadas nas últimas três sessões. Desde quinta-feira, dia que se seguiu à apresentação de tarifas recíprocas por parte de Donald Trump, o índice regista um saldo negativo de 9,31%.

Mesmo com os mercados a viverem um momento de recuperação, o otimismo pode ser "sol de pouca dura". As relações entre a China e os EUA continuam azedas, com Pequim a denunciar o que diz ser uma "chantagem" por parte de Washington e Trump a ameaçar a segunda maior economia do mundo com tarifas adicionais de 50%. Também a União Europeia prepara-se para responder, esta quarta-feira, à política comercial norte-americana, com a proposta da Comissão a ser votada.

"A situação atual é tão volátil que é inútil estar aqui a prever o que vai acontecer", explica Ian Lance, analista da Redwheel, à Bloomberg. "Alguns setores que tenham sido previamente descartados de um ciclo de valorização podem voltar a tornar-se interessantes", conclui.

Entre as principais movimentações de mercado, a alemã ASML e a britânica AstraZeneca deram o maior impulso ao Stoxx 600, ao crescerem 4,3% e 3,2%, respetivamente. Já a Continental disparou 4,63% para 61,50 euros, depois de ter revelado que pretende transformar a sua divisão dedicado a plásticos e borracha numa empresa independente.

Entre os principais índices, o alemão DAX ganhou 2,48%, o britânico FTSE somou 2,71% e o francês CAC acelerou 2,50%. Ainda, o espanhol IBEX avançou 2,37%, o neerlandês AEX valorizou 2,82% e o italiano FTSE MIB ganhou 1,55%.

08.04.2025

Juros da Zona Euro estabilizam após turbulência de segunda-feira

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão divididos entre ganhos e perdas, mas sem grandes movimentações, depois de, na segunda-feira, terem registado agravamentos substanciais.

A estabilização no mercado da dívida acontece numa altura em que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, revelou que os EUA já se encontram a negociar a magnitude das tarifas recíprocas com uma série de países. 

Com este pano de fundo, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, agravaram-se 1,8 pontos base para 2,627%, enquanto os juros das obrigações francesas recuaram 0,9 pontos para 3,387%. 

Nos países do sul da Europa, as "yields" portuguesas, também a dez anos, avançaram 0,3 pontos para 3,228%, enquanto as obrigações espanholas saltaram 0,6 pontos para 3,345%. Já na Itália, os juros a dez anos cederam 0,9 pontos para 3,885%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas registaram um decréscimo de 1,3 pontos base para 4,604%. 

08.04.2025

Dólar ganha ligeiramente face às principais rivais. Yuan em mínimos históricos

O euro está a cair face ao dólar, após ter chegado a crescer 0,7% face à "nota verde" esta terça-feira, depois de ter caído nas duas sessões anterior. Os investidores estão mais otimistas em relação ao futuro da política comercial norte-americana, com a administração Trump a abrir cada vez mais a porta a negociações com outros países.

A esta hora, o euro avança 0,44% para 1,0907 dólares, enquanto a libra regista uma queda mais expressivo de 1,01% para 1,2760 dólares. As divisas que tendencialmente acompanham a valorização do mercado acionista estão a recuperar esta terça-feira, com o dólar australiano a avançar 0,60%.

O índice do dólar – que mede a força da moeda face aos seus principais concorrentes - está a ganhar 0,06% para 103,32 pontos, pressionado ainda pela desvalorização da divisa norte-americana face à moeda nipónica. O dólar segue quase inalterado nos 146,97 ienes, numa altura em que o Japão enviou uma equipa para os EUA para começar a negociar com Donald Trump.

 "O sentimento está a recuperar, talvez com a ideia de que Trump pode centrar as suas políticas protecionista na China e pode acelerar acordos comerciais com outros países", explica Francesco Pesole, estratega cambial do ING. "No entanto, este otimismo pode não vir a ser sustentado nos próximos dias".

Com Trump focado, para já, na China, o yuan "offshore" recuou esta terça-feira até aos 0,1355 dólares, o valor mais baixo de sempre da divisa chinesa frente à moeda norte-americana.

08.04.2025

Ouro volta a negociar acima dos 3 mil dólares

Após uma série de três sessões em queda, a onça de ouro voltou a negociar em alta, numa altura em que o mercado acionista já se encontra a recuperar e os investidores já não precisam de vender as suas posições no metal amarelo para cobrir as perdas causadas pela política comercial de Donald Trump.

O ouro voltou a negociar acima da barreira dos 3 mil dólares por onça, abrandando depois os ganhos para 0,56% para 2.999,71 dólares, após ter perdido cerca de 5% do seu valor nas últimas sessões. Apesar das quedas, o metal precioso continua a registar um ano bastante positivo e a beneficiar da sua posição como um ativo refúgio em tempos de turbulência económica.

"Apesar de ter caído nas últimas três sessões, o ouro continua numa tendência altista e pode encontrar catalisadores nas tensões comerciais e nas perspetivas de uma maior número de cortes por parte dos EUA", começa por explicar Lukman Otunuga, analista da FXTM, admitindo que se o metal ultrapassar os 3.055 dólares pode abrir porta para novos recordes.

Os investidores estão cada vez mais certos que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai proceder com um ciclo de alívio das taxas de juro mais agressivo do que previsto no início do ano. Neste momento, os mercados já estão a incorporar, pelo menos, quatro cortes nos juros diretores até ao final do ano – um movimento que pode já começar na reunião de maio.

08.04.2025

Petróleo recupera terreno após pior série de três sessões desde 2022

O barril de petróleo está a negociar em alta, depois de várias sessões a ver o seu valor afundar, numa altura em que os investidores continuam a digerir a política comercial de Donald Trump e antecipam quais podem ser os próximos desenvolvimentos. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, revelou esta terça-feira que as negociações entre os EUA e os seus parceiros comerciais podem levar a acordos vantajosos para as duas partes, dando algum alívio aos mercados.

O Brent - referência para as importações europeias - voltou a subir acima dos 65 dólares por barril esta segunda-feira, mas entretanto reduziu ligeiramente os ganhos e encontra-se agora a valorizar 0,30% para 64,38 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI) - usado nos Estados Unidos - soma 0,98% para 61,27 dólares por barril.

Nas últimas três sessões, o petróleo foi bastante pressionado pela política comercial norte-americana (registou a pior série desde 2022), que está a fazer com que os países revejam em baixa as suas previsões de crescimento económico, o que vai ter um impacto no consumo e procura por crude. As relações entre os EUA e a China – o maior importador de petróleo – continuam bastante azedas, com Pequim a dizer que não vai ceder à chantagem norte-americana e Washington a ameaçar tarifas adicionais de 50%.

Com este pano de fundo, aliado ainda a um aumento da produção acima do esperado por parte da OPEP+, vários bancos de investimento têm revisto em baixa as suas previsões para o preço do crude este ano. O Société Générale vê o WTI a negociar nos 57 dólares no final de 2025, enquanto o Goldman Sachs aponta para o Brent nos 40 dólares no seu cenário mais extremo.

A turbulência que se vive neste momento no mercado petrolífero fez com que a agência federal norte-americana Energy Information Administration (EIA) adiasse o seu relatório mensal, que deveria ter saído esta terça-feira.

08.04.2025

Wall Street pinta-se de verde após sessões de grande turbulência

Depois de terem terminado a sessão de segunda-feira divididos entre ganhos e perdas, os principais índices norte-americanos arrancaram o dia com valorizações expressivas, numa altura em que os investidores aguardam por novos desenvolvimentos nas negociações das tarifas recíprocas entre Donald Trump e uma série de países.

Apesar de as relações entre os EUA e a China estarem cada vez mais azedas, com Pequim a dizer que não vai ceder a tentativas de "chantagem" do Presidente norte-americano, o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett já veio revelar que mais de 50 países contactaram Washington para iniciar negociações, o que pode vir a trazer algum alívio à guerra comercial que se está a desenhar.

O S&P 500 arrancou a sessão a valorizar 3,05% para 5.216,81 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite sobe 3,44% para 16.140,47 pontos. Já o industrial Dow Jones é o que menos cresce esta terça-feira, mas mesmo assim consegue salta 2,90% para 39.069,18 pontos. Os três índices estão a recuperar de mínimos de um ano, com o S&P 500 e o Dow Jones a afastarem-se de território de "bear market", que chegaram a tocar no arranque da sessão de segunda-feira.

"Uma recuperação era inevitável a este ponto. Tivemos uma queda muito rápida na semana passada e os investidores estão esperançosos que várias nações consigam chegar a acordo com os EUA", explica Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, à Reuters. No entanto, esta recuperação pode ser "sol de pouca dura", numa altura em que a incerteza ainda domina e Trump ameaça a China com mais tarifas, que podem chegar a um total de 104%.

Entre as principais movimentações de mercado, a fabricante de semicondutores Broadcom dispara 7,67% para 165,96 dólares, depois de a empresa ter lançado um programa de recompra de ações até 10 mil milhões de dólares. Por sua vez a UnitedHealth Group – que esteve na ribalta no ano passado após o assassinato do CEO da sua divisão de seguros – escala 8,51% para 571,03 dólares, depois de a Casa Branca ter anunciado um aumento de mais de 5% nas taxas de reembolso final para seguradoras privadas no âmbito do Medicare.

08.04.2025

Euribor desce a 3, 6 e 12 meses para novos mínimos de mais de dois anos

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses para mínimos desde janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,293%, ficou acima da taxa a seis meses (2,193%) e da taxa a 12 meses (2,107%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,193%, menos 0,082 pontos e um novo mínimo desde 01 de novembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,107%, menos 0,103 pontos e um novo mínimo desde 13 de setembro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, desceu hoje, ao ser fixada em 2,293%, menos 0,069 pontos.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

08.04.2025

Bolsas europeias recuperam depois da maior queda desde a pandemia

Depois da maior queda de quatro dias desde a pandemia, os principais índices europeus estão a subir.

A esta hora, o Stoxx 600, que agrega as maiores empresas europeias, valoriza 1,68% para 481,98 pontos, com os setores das viagens (3,10%) e dos bens industriais e serviços (+3,04%) a registarem os maiores aumentos. O setor das telecomunicações, pelo contrário, insiste nas quebras e desvaloriza 0,46% para 237,04 pontos.

As ações da norueguesa SAAB são as que mais valorizam (8,24%) enquanto as da austríaca BG AV as que mais caem (-3,40%).

"A situação atual é tão fluida que não vale a pena tentar prever o que vai acontecer a seguir", diz Ian Lance, gestor de carteiras na Redwheel, que está no entando à procura de oportunidades de compra. "Setores que tínhamos excluído anteriormente com base na avaliação que tinham podem de repente tornar-se interessantes", acrescenta, em declarações à Bloomberg.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax sobe 1,66%, o francês CAC40 sobe 1,07%, o italiano FTSEMIB avança 1,05%, o britânico FTSE 100 sobe 2,19% e o espanhol IBEX valoriza 0,96%. Em Amesterdão, o AEX sobe 1,81%, e o da Grécia é mesmo o que maus valoriza (4,53%).

08.04.2025

Juros das obrigações alemãs sobem

Com as atenções focadas numa eventual resposta dos bancos centrais à volatilidade gerada pelo anúncio das tarifas de Trump, os juros da dívida europeia negoceiam a descer com a relevante exceção da Alemanha.

Os juros das "Bunds" alemãs a dez anos registam agora um agravamento de 1,5 pontos base para 2,623%.

Na Zona Euro, a rendibilidade da dívida francesa desce 1,5 pontos base para  para 3,381%. Já os juros de Itália cedem 2,1 pontos base para 3,843%.

Na península ibérica, os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos caem 0,4 pontos base par 3,220%. Já os da dívida espanhola recuam 0,8 pontos base para 3,331%.

No Reino Unido sobem ligeiramente (+0,6 pontos) e no Japão agravam-se 16,3 pontos base para 1.251%.

Esta terça-feira os discursos do vice-presidente do Banco Central Europeu, Luís de Guindos, e da presidente da Fed regional de São Francisco, Mary Daly, poderão dar pistas sobre a política monetária, numa altura em que se esperam mais cortes de juros.

08.04.2025

Dólar escapa ao alívio nos mercados globais e continua a cair

Numa altura em que os mercados recuperam algum fôlego depois do vendaval que assolou as bolsas após o anúncio das tarifas recíprocas de Donald Trump, o dólar continua a ser um ativo sob pressão.

O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da divisa face às principais concorrentes - cai 0,16%. Frente ao euro, o dólar cede 0,22%; contra a libra estrelina cai 0,23% e face ao iene japonês perde 0,39%. Em relação ao franco suíço recua 0,07%.

Enquanto o dólar é tradicionalmente visto como um ativo seguro, a crescente incerteza em torno das tarifas e os receios de uma possível recessão nos EUA têm levado os investidores a procurar alternativas. O iene japonês e o franco suíço mantêm-se perto dos máximos de seis meses, refletindo esta mudança na preferência dos investidores. ?

"A volatilidade atual é inteiramente resultado das opções políticas da administração Trump, o que significa que, se forem revertidas, o impacto nos mercados financeiros provavelmente também será revertido," afirmou Nathan Lim, diretor de investimentos da Lonsec Investment Solutions, citado pela Reuters.

08.04.2025

Ouro valoriza após três dias de quedas

Após três dias de quedas que surgiram a par do receio de uma recessão global, o ouro voltou a valorizar e a negociar acima dos 3 mil dólares por onça.

A esta hora, o ouro valoriza 0,71% para 3.004,38 dólares por onça.

Nos três dias anteriores, o metal precioso caiu quase 5%, na maior desvalorização desde 2021. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas adicionais de 50% à China, enquanto o governo chinês respondeu que está preparado para lutar "até ao fim".

Embora não tenha escapado à perturbação dos últimos dias, este ano o ouro tem funcionado como refúgio, batendo sucessivos recordes.

A onça chegou aos 3.167 dólares na semana passada e subiu 16% este ano, depois da valorização de 27% no ano passado. É a primeira vez em muito tempo que a geopolítica e a incerteza económica são os fatores chave neste mercado, diz o analista da HSBC James Steel, citado pela Reuters, que compara o fenómeno ao que ocorreu nos anos oitenta.

08.04.2025

Petróleo regressa aos ganhos após três dias de perdas

O preço do petróleo está esta manhã a recuperar ligeiramente após três dias de fortes quedas, num momento em que os mercados globais respiram um pouco de alívio e mostram sinais de maior estabilidade.

O Brent - referência para as importações europeias - voltou a subir acima dos 65 dólares por barril, após ter atingido o valor mais baixo dos últimos quatro anos na sessão anterior. Pelas 08h50, hora de Lisboa, valorizava 1,03% para 64,87 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) - usado nos Estados Unidos - somava 1,12% para 61,38 dólares por barril.

O crude, tal como ações, obrigações e outras matérias-primas, tem sido fortemente afetado este mês pela postura agressiva de Trump em matéria de comércio internacional. Estes desenvolvimentos aumentaram os receios de uma desaceleração global ou mesmo de uma recessão, o que poderá comprometer a procura por energia. O petróleo caiu ainda devido a outros fatores como uma maior produção da OPEP+ e uma baixa de preço agressiva por parte da Arábia Saudita.

"O risco de recessão continuará a aumentar — e a perceção sobre a procura global de petróleo será revista em baixa — a menos que Trump demonstre vontade de trabalhar de forma mais construtiva com a UE ou a China", sublinhou Chris Weston, diretor de research da Pepperstone Group, em Melbourne, citado pela Bloomberg.

De acordo com a consultora chinesa JLC, os compradores de petróleo chineses deverão suspender as importações de crude norte-americano enquanto durar o conflito comercial, devido às tarifas impostas por Pequim. As empresas poderão procurar alternativas junto da Rússia, Médio Oriente, África Ocidental e América do Sul.

A intensificação da guerra comercial levou bancos como o Goldman Sachs e o Morgan Stanley a rever em baixa as suas previsões para o preço do petróleo nos próximos trimestres. Também o Société Générale cortou as suas estimativas, alertando para o impacto negativo das tarifas dos EUA sobre a economia chinesa e a procura global de crude.

08.04.2025

Depois da tempestade vem a bonança. Ásia respira de alívio e Europa recupera

Depois de um arranque de semana negro para os mercados financeiros, que mergulharam em território vermelho de forma global, as ações asiáticas estão a conseguir recuperar e os futuros da Europa apontam também para ganhos. 

O Japão liderou as subidas do continente, com o Nikkei 225 a subir e 5,61% o Topix a somar 6,28%, devido às expectativas de que o país terá prioridade nas negociações comerciais com os EUA. 

Já a China registou uma recuperação, ainda que menor. O Hang Seng subiu 1,6% e o Shangai Composite ganhou 0,9%, depois de o país ter retaliado as tarifas de Donald Trump e disse não ceder às ameaças norte-americanas - "um erro em cima de um erro", dizem analistas consultados pela Bloomberg. Por outro lado, algumas empresas estatais chinesas começaram a comprar ações para devolver algum equilíbrio às bolsas.

Trump disse aplicar uma taxa de mais de 50% à China, ao mesmo tempo que abriu a perspetiva de algumas negociações.

Na Coreia do Sul, o Kospi avança 0,3% e, na Austrália, o S&P/ASX somou 1,7%. 

Com os receios de uma recessão global e da escalada da guerra comercial, os investidores têm-se agarrado a quaisquer sinais de alívio e esperam desenvolvimentos do lado dos Estados Unidos. "É muito cedo para dizer que virámos a página, ainda com Trump a lançar a ideia de tarifas adicionais sobre a China", disse Tim Waterer, da KCM Trade, à Bloomberg. 

Na Europa, a poeira dá sinais de que vai também pousar, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 2,1%, isto depois de ontem Bruxelas ter proposto tarifas de retaliação de 25% sobre aço e alumínio dos EUA. 

Segundo a Bloomberg, as ações mundiais já perdem 10 biliões de dólares desde o "Dia da Libertação", quando Trump anunciou tarifas recíprocas que visaram todos os países e acabaram por ser mais agressivas do que o antecipado. 

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