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Saúde: Sector privado em forte crescimento nos últimos 10 anos mas público continua a dominar

No sector privado, o número de atendimentos nas urgências quase duplicou em 11 anos, enquanto as consultas externas mais do que triplicaram. Contudo, o público continua a ser o que mais cuidados de saúde dá aos portugueses.

06 de Abril de 2015 às 14:21
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O sector da saúde em Portugal tem vindo a sofrer várias transformações nos últimos 11 anos. Uma delas passa pelo crescimento do sector privado de saúde, com o crescimento da sua importância nos serviços de urgência ou consultas médicas no âmbito da consulta externa. Mas apesar deste crescimento, é no sector público que se continua a registar o maior número de urgências ou de grandes e médias cirurgias.

 

Os dados foram divulgados esta segunda-feira, 6 de Abril pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) por ocasião do Dia Mundial da Saúde que vai ter lugar na terça-feira, 7 de Abril.

 

E foi precisamente no sector privado que se registou um crescimento de hospitais entre 2002 e 2013. O número de hospitais tutelados pelo Estado manteve-se nos 119, enquanto o número de hospitais privados passou de 94 para 107. No total, as unidades aumentaram 6% em 11 anos para as 226 unidades.

 

Mas é no sector público que se continua a registar o maior número de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais. A maioria (88%) teve lugar em hospitais oficiais. No entanto, o número de atendimento de urgências anuais no privado quase duplicou desde 2002: de 460 mil para 900 mil.

 

Olhando para as cirurgias, três quartos das grandes e médias cirurgias (cerca de 75%) tiveram lugar no sector público durante o ano de 2013.

 

O número de consultas médicas no âmbito da consulta externa dos hospitais aumentou nos últimos 11 anos de 9,8 milhões para 17,6 milhões de consultas, com o sector público a assegurar 71% das consultas.

 

É de destacar, contudo, o crescimento das consultas externas nos privados em 11 anos, com o seu peso a crescer de 16,5% para 29% do total durante este período.

 

Do total de 35.503 camas disponíveis para internamento de doentes em 2013, 70% estavam disponíveis em hospitais oficiais. No ano de 2013, registaram-se 1,2 milhões de internamentos nos hospitais (80,4% dos quais em hospitais oficiais), num total de 10,2 milhões de dias de internamento (73,2% em hospitais oficiais).

 

O ano de 2013 confirmou uma tendência registada nos 11 anos anteriores. A diminuição do número de camas de internamento nos públicos e um reforço do número de camas no privado.

 

Os hospitais oficiais tinham aproximadamente menos 3.700 camas de internamento face a 2002, enquanto os privados registaram o crescimento de mais 2.000 camas. Entre os dois sectores, perderam-se no total 1.659 camas.

 

Número de centros de saúde manteve-se estável

Outra das transformações verificada nos últimos anos foi ao nível dos centros de saúde. Apesar do número destes centros se ter mantido estável entre 2002 e 2012 (de 391 para 387), registou-se um decréscimo assinalável nos centros com serviço de urgência básica (SUB) ou serviço de atendimento permanente ou prolongado (SAP) e internamento.

 

Em 2002, cerca de 70% dos centros de saúde dispunha de SUB ou SAP e perto de 20% tinha internamento, mas em 2012 estas percentagens recuaram para 24% e menos de 5% respectivamente.

 

Já o número de profissionais de saúde aumentou nos últimos 11 anos. O número de médicos aumentou em mais de 11 mil profissionais para 45.289 em 2013. Também o número de enfermeiros aumentou desde 2002, crescendo em 24 mil profissionais para um total de 65.809 em 2013.

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