Portugal entre as 10 economias mais competitivas do mundo? Sim, é possível, garante Pedro Passos Coelho. Quando? Lá para 2023, na pior das hipóteses. "Teremos condições de, no espaço de uma a duas legislaturas, de cumprir esse objectivo", afiançou Passos Coelho, no debate desta noite com António Costa.

Passos lembrou que "Portugal é tradicionalmente pouco competitivo" e que no passado usou a desvalorização da moeda para tornar os seus produtos mais baratos. "Mas agora, sem essa batota, as nossas exportações batem recordes sobre recordes". E isso porque "muito daquilo que fizemos não foi só política de austeridade, foi também reforma estrutural importante", em que se criou "condições para que a nossa economia ganhasse dinamismo".

O primeiro-ministro aproveitou para lembrar que "o desemprego tem vindo a diminuir e o emprego tem vindo a ser criado. Conseguimos criar cerca de 200 mil empregos na economia", destacou. Como? "Nos primeiros dois anos da legislatura perdemos cerca de 400 mil empregos. E conseguimos nos últimos dois anos criar 200 mil na economia".

Não faltou nova bicada ao legado de Sócrates: "deixe-me recordar o que aconteceu nos seis anos de governos socialistas: a população empregada diminuiu em 174 mil. Durante estes quatro anos assistimos à destruição de 204 mil postos". Costa tinha já criticado a destruição de emprego no actual Executivo.