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Passos Coelho: "Não aceitarei que o país fique refém do jogo" do PS

"Não tenciono ter mais nenhuma reunião" com o PS, que tem usado estes encontros "para simular" o interesse em chegar a um consenso com a coligação do PSD/CDS. Passos Coelho acusa António Costa de "chantagem".

Correio da Manhã
14 de Outubro de 2015 às 13:55
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"Não tenciono ter mais nenhuma reunião" com o PS, afirmou esta quarta-feira, 14 de Outubro, Passos Coelho aos jornalistas, de acordo com uma declaração após as reuniões com os parceiros sociais que antecedem o Conselho Europeu, transmitida pela CMTV. O líder da coligação PSD/CDS acusa António Costa de "simular" o interesse do PS em encontrar uma solução governativa que inclua os partidos que ganharam as eleições legislativas de 4 de Outubro.

 

"O PS não deu nenhum contributo para que esse resultado [de acordo] fosse alcançado", acrescenta o responsável, acusando o partido liderado por António Costa de não ter tido "nenhuma resposta positiva."

 

Apesar de rejeitar voltar a reunir-se com o PS, Passos Coelho não rejeita um acordo com o maior partido da oposição. Contudo deixa claro que o partido de António Costa deve apresentar propostas que ajudem a encontrar uma solução viável, mas com a coligação Portugal à Frente (PàF) a comandar o Governo.

 

"O PS tem todas as possibilidades para apresentar um contributo para a criação de condições para que o Governo que ganhou as eleições de Outubro possa oferecer um caminho de recuperação económica", afirmou, recusando que a coligação tenha de dar novos passos. "Dissemos de forma muito clara: não tivemos maioria e por isso não podemos governar só com o nosso programa". Contudo, a coligação também não vai governar com o programa de outro partido.

Não vou governar com certeza com o programa do PS e não vou sujeitar o país a uma chantagem.

 

É preciso "dar aos portugueses condições de estabilidade. Está do lado do PS essa iniciativa. E eu estarei, como estou sempre, disponível" para receber propostas e encontrar uma solução que permita à economia crescer.

 

Mas uma coisa é certa: "Não vou governar com certeza com o programa do PS e não vou sujeitar o país a uma chantagem de quem não ganhou" as eleições.

 

"Não aceitarei que o país fique refém deste jogo" do PS. "Não podemos sujeitar o país a um jogo que perverte o resultado das eleições", concluiu.

 

Passos Coelho acredita que Cavaco Silva vai dar à coligação mandato para formar Governo, mesmo sem o apoio do PS. "Se houve um partido que perdeu e um que ganhou, é nossa expectativa de que quem ganhou possa vir a formar Governo."


(Notícia actualizada às 14h09 com mais declarações)

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