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Nuno Melo: "António Costa está convencido que venceu as eleições"
Apesar de acusar o líder do PS de estar "convencido que venceu as eleições", o eurodeputado centrista garante que os partidos da coligação está "completamente disponível para todas as conversações, não esta é disponível para perpetuar encenações".
"Não tenciono ter mais nenhuma reunião", disse Passos Coelho esta quarta-feira, 14 de Outubro, rejeitando voltar a encontrar-se com a delegação socialista em nova tentativa para encontrar um consenso que permita viabilizar um Executivo PSD/CDS.
Mas depois de Marco António Costa já ter evidenciado a disponibilidade da coligação para um novo encontro, desde que o PS apresente propostas concretas, também Nuno Melo sinaliza essa mesma possibilidade.
Em declarações proferidas na residência oficial do primeiro-ministro, no âmbito da preparação do Conselho Europeu de amanhã, o eurodeputado pelo CDS garantiu aos jornalistas que tanto o PSD como o CDS estão "completamente disponíveis para todas as conversações", mas sublinhou que a coligação "não está é disponível para perpetuar encenações".
Nuno Melo também criticou duramente aquele que tem sido o comportamento do secretário-geral socialista nos últimos dias. "António Costa está convencido que venceu as eleições", atirou, já depois de realçar que "quem ganhou as eleições foi a coligação, não foi o PS".
"Seria suposto que quando o PS negoceia com a coligação, o fizesse de boa fé", acrescentou o dirigente centrista que esperava que os socialistas apresentassem "respostas" e dissessem "de que é que estão à espera para validar um acordo politico à sua direita".
As críticas de Nuno Melo estenderam-se também à restante esquerda, nomeadamente ao BE, mas sem perder António Costa de mira. Melo notou não ser normal que a porta-voz bloquista, Catarina Martins, "insulte mais de 2 milhões de portugueses" ao dizer, à saída de uma reunião com o líder socialista, que o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas acabou. Nuno Melo lamenta ainda que António Costa tenha ficado calado.
A porta para o diálogo com o PS mantém-se aberta, salvaguarda Nuno Melo que, ainda assim, reitera que "não é normal que António Costa se comporte como se tivesse vencido".