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Discutir quem chamou a troika é um "jogo triste" e um "embaraço"

Uma semana depois do debate entre Passos e Costa, a responsabilidade sobre quem chamou a troika voltou à actualidade. “É um jogo triste”, resumiu Catarina Martins.

Correio da Manhã
16 de Setembro de 2015 às 21:17
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Passos e Costa já tinham debatido há uma semana de quem seria a responsabilidade pela vinda da troika. Esta quarta-feira, o Público publicou uma carta de Passos ao então primeiro-ministro José Sócrates a garantir apoio à ajuda externa. Para Catarina Martins, trata-se de um jogo "triste que não diz nada ao país". Passos Coelho garantiu, por seu turno, que não se sente embaraçado.

"Este jogo de passa culpas sobre quem tentou chamar a troika é um jogo triste que não diz nada ao país", afirmou a porta-voz do Bloco de Esquerda, à margem de uma iniciativa de pré-campanha em Campo Maior. "Quando muito deve-nos fazer lembrar a todos quem é que teve responsabilidades nessa circunstância, quem é que achou que era uma boa ideia vir a troika, quem é que negociou e apoiou o memorando, foram três partidos: PS, PSD e CDS", atirou.

Também Jerónimo de Sousa abordou o tema, sublinhando que nem o Governo da altura nem o PSD foram capazes de influenciar as negociações. "Ninguém negociou coisa nenhuma. A troika chegou aqui e impôs aquele texto, aqueles conteúdos", defendeu, num almoço em Palmela, citado pela Lusa.

A divulgação da carta foi vista por Passos Coelho como um embaraço para António Costa e não para si próprio. "Quem entendeu fazer a divulgação desta carta nesta altura pensando que me podia causar um grande embaraço, causou foi um grande embaraço líder do PS", porque "vir agora recordar, passados quatro anos, que a casa estava arder" e que o Governo podia "não ter dinheiro para pagar salários e pensões" só "pode ver hoje o tiro sair-lhe pela culatra e achar que me embaraça a mim".

Um "pontapé" no investimento

Paulo Portas, o número dois da coligação Portugal à Frente, aproveitou a presença numa conferência na Ameixoeira para criticar as propostas do PS. A começar pelo travão na descida do IRC. " Mas alguém trata a captação de riqueza com um pontapé ou a possibilidade de atrair investimento com um pontapé? Nós vivemos em competição global. Outros ficarão muito satisfeitos se nós pararmos a descida do IRC", criticou Portas.

Quanto às propostas do PS para a Segurança Social, Portas caracterizou-as de insustentáveis. "Eu quero estimular o consumo, e para estimular o consumo vou causar um rombo monumental no curto prazo", descreveu.

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