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Primeira volta das eleições presidenciais na Grécia marcada para dia 17
A primeira volta das eleições presidenciais na Grécia, que determinarão o sucessor do actual chefe de Estado, Karolos Papoulias, vai realizar-se no próximo dia 17.
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Depois de ter recebido uma extensão do programa de assistência financeira internacional, o governo grego considerou, em comunicado, que "é tempo de acabar com a incerteza política".
Depois de informarem o actual chefe de Estado, o primeiro-ministro, Antonis Samaras (na foto), e o vice-primeiro ministro, Evangelos Venizelos, pediram ao presidente do parlamento que organize o processo eleitoral, que devia realizar-se apenas no primeiro trimestre de 2015, o mais rapidamente possível.
O escrutínio será um teste ao governo de Antonis Samaras, que assenta numa curta maioria parlamentar. Isto porque, na Grécia, o Presidente é eleito por sufrágio indirecto, sendo necessária uma maioria qualificada de dois terços no parlamento. Ora, a maioria no poder (conservadores e socialistas) tem apenas 155 lugares, dos 200 necessários, o que torna praticamente impossível a eleição de um presidente à primeira ou mesmo à segunda volta.
No caso de não haver um Presidente eleito à terceira ronda - quando a fasquia baixa para os 180 lugares -, o parlamento será dissolvido e convocadas eleições legislativas.
O governo ainda não anunciou o nome do candidato a Presidente, figura que tem um papel sobretudo protocolar, mas o principal partido da oposição, o Syriza, que lidera há vários meses as intenções de voto na Grécia, já disse que não votará em nenhum candidato à Presidência e defendeu a realização de eleições legislativas antecipadas.
Entretanto, o Eurogrupo, reunido hoje em Bruxelas, decidiu prolongar o actual programa de assistência financeira internacional à Grécia por mais dois meses. Em comunicado, os ministros das Finanças da Zona Euro reconheceram os progressos feitos pela Grécia, mas afastaram a hipótese de a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) concluir a quinta avaliação ao país antes do final do ano, pelo que "terá de continuar no início de 2015".
A Grécia está sob assistência financeira desde 2010, tendo recebido dois empréstimos, em troca da adopção de duras medidas de austeridade. Os desentendimentos entre a troika e as autoridades gregas têm impedido o desembolso da última tranche, no valor de 1.800 milhões de euros.