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Bashar al-Assad marca eleições legislativas na Síria para 13 de Abril

O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, anunciou que as eleições legislativas se vão realizar a 13 de Abril, depois dos Estados Unidos e da Rússia anunciarem um plano de cessar-fogo, avançou a agência noticiosa SANA.

Reuters
22 de Fevereiro de 2016 às 21:16
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As eleições legislativas na Síria foram anunciadas esta segunda-feira por decreto presidencial, que também fixa o número de lugares atribuídos a cada província do país. As últimas eleições legislativas ocorreram em 2012.

 

Um acordo de cessar-fogo vai entrar em vigor da Síria às 00:00 de sábado em Damasco (02:00 de sábado em Lisboa), refere um comunicado comum entre os Estados Unidos e a Rússia, divulgado em Washington pelo Departamento de Estado.

 

A cessação das hostilidades - que desde há cinco anos provocou centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados - não abrange no entanto o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e a Frente al-Nursa, o ramo da Al-Qaida na Síria. "A cessação das hostilidades aplica-se às partes envolvidas no conflito sírio que indicaram que vão respeitar e aplicar os termos" do acordo, acrescenta o comunicado. 

 

As partes deverão indicar aos Estados Unidos ou à Rússia a sua adesão a este acordo até às 12:00 locais (14:00 em Lisboa) de sexta-feira.

 

Segundo o decreto presidencial, os eleitores vão eleger 250 membros para a Assembleia do Povo distribuídos pelas províncias de Damasco, Aleppo, Homs, Hama, Lattakia, Idleb, Tartous, Raqqa, Deir Ezzor, Hasaka, Daraa, Sweida e Quneitra.

 

Acordo de cessar-fogo recebido com cepticismo

O acordo de cessar-fogo na Síria foi recebido com cepticismo e condicionado à verificação de várias condições por partes relevantes ou interessadas no conflito.  

 

O principal grupo da oposição síria, o Comité de Altas Negociações, baseado em Riad, fez depender o seu apoio à trégua do levantamento dos cercos às cidades, da libertação de prisioneiros, do fim dos bombardeamentos de civis e do fornecimento de ajuda humanitária.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) do Reino Unido, Philip Hammond, afirmou, em comunicado, que "a Rússia, em particular, deve respeitar este acordo, terminando os seus ataques contra civis e grupos de oposição moderados e usando a sua influência sobre o regime sírio, para que este faça o mesmo".

 

O MNE francês, Jean-Marc Ayrault, declarou à AFP que estava a examinar os pormenores do acordo, mas que iria ser "muito vigilante em relação à sua aplicação de boa-fé por todas as partes envolvidas". 

 

Já o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, exprimiu abertamente o seu cepticismo quanto ao sucesso do acordo hoje anunciado, sublinhando que tanto norte-americanos como russos reconhecem a liberdade de acção de Israel na Síria.

 

"É-me difícil ver um cessar-fogo quando o Daesh (acrónimo em árabe para o grupo que se designa por Estado Islâmico) e a Frente Al-Nusra não integram o processo e a Rússia diz que as vai atacar", argumentou Yaalon, em comunicado. 

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