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Primeiro-ministro francês reconhece revés para os socialistas nas municipais

Jean-Marc Ayrault reconheceu este domingo o severo revés nas eleições municipais para os socialistas, actualmente no poder, uma derrota para o Governo, e prometeu que esta "mensagem clara" será "plenamente compreendida".

30 de Março de 2014 às 22:28
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As eleições "foram marcadas pela insatisfação significativa daqueles que confiaram em nós em Maio e Junho de 2012", disse Ayrault (na foto). As eleições são "uma ocasião para os cidadãos enviarem uma mensagem e essa mensagem é clara e será plenamente entendida", declarou o primeiro-ministro, que, segundo a AFP, poderá perder o seu lugar numa próxima remodelação governamental.

 

Dezenas de cidades com mais de 30.000 habitantes viraram da esquerda para a direita, nesta segunda volta das municipais. Algumas são particularmente simbólicas, como Toulouse (sudoeste), a quarta cidade de França, e Limoges, capital da região Limousin (centro) e detida pelos socialistas desde 1912.

 

Outras cidades importantes votaram na UMP (Union pour un Mouvement Populaire), designadamente Sant-Étienne (centro) e Reims (nordeste).

 

Na Bretanha (oeste), a derrota do socialista Bernard Poignant foi apontada como altamente simbólica na medida em que é considerado um dos principais conselheiros do Presidente François Hollande.

 

Entre as cidades de média dimensão, Angoulême e Périgueux mudaram também de campo. Há muito um bastião da esquerda, Pau (sudoeste) deu uma clara vitória do centrista François Bayrou.

 

A Frente Nacional (extrema-direita) conseguiu cerca de uma dezena de câmaras, entre elas Béziers e Fréjus, mas saiu derrotada em Avignon (sudeste) que escolheu, em contracorrente, uma socialista.

 

As três principais cidades francesas não devem mudar de cor partidária - Paris e Lyon continuam fiéis aos socialistas e Marselha à direita.

 

A direita e a extrema-direita já proclamaram vitórias históricas nas eleições municipais francesas, depois de anunciadas as primeiras estimativas da segunda volta realizada hoje.

 

Jean-François Copé, líder da UMP (Union pour un Mouvement Populaire), da direita, e actualmente na oposição, afirmou que o partido alcançou uma "grande vitória" nas municipais, ganhando várias cidades até hoje detidas pelos socialistas, actualmente no poder.

 

A Frente Nacional, da extrema-direita, obteve hoje "o melhor resultado de toda a sua história nas eleições municipais" em França, afirmou o seu vice-presidente, Florian Philippot.

 

A presidente do partido, Marine Le Pen, por seu turno, adiantou que terão vencido "em pelo menos seis cidades", entre as quais Béziers (sudoeste) e Fréjus (sul), e conseguido a eleição de "talvez 1.200 conselheiros municipais".

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