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Rio: "Campanha para as europeias está a correr mal e Governo tenta um golpe de teatro"

O presidente social-democrata não faz "destas brincadeiras" e não embarca na tese de que existe uma crise política. Para Rio a explicação para esta situação é simples: a campanha do PS para as europeias está a "correr mal" e o Governo "tenta um golpe de teatro".

Lusa
03 de Maio de 2019 às 12:51
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Para Rui Rio a explicação para a crise política em curso é simples e está relacionada com a queda do PS nas sondagens para as eleições europeias de 26 de maio. Questionado sobre como avalia a atual situação, o presidente do PSD disse: "Avalio que a campanha para as europeias está a correr mal ao Governo, que tenta um golpe de teatro e está a brincar com coisas sérias", respondeu em declarações reproduzidas pela SIC.

Quanto a um cenário de eleições antecipadas, isto depois de a líder centrista ter, já esta manhã, desafiado o Executivo socialista a submeter-se a uma moção de confiança no Parlamento, Rui Rio garante não fazer "destas brincadeiras" e defende que antecipar eleições "não tem efeito prático".

"Estamos em maio, há eleições marcadas para 6 de outubro, isto é um teatro, o Governo demitir-se ou não (...) É um golpe de teatro, não tem efeito prático", reage notando que a consequência de uma queda do Executivo serviria apenas para antecipar num ou dois meses as legislativas previstas para outubro. 


Quanto às acusações de irresponsabilidade oriundas do Governo e do PS, sobretudo quanto ao buraco orçamental decorrente da contagem "integral" do tempo de serviço das carreiras docentes e a uma hipotética inconstitucionalidade por violação da norma travão, o líder social-democrata acusa o Executivo de "enganar os portugueses" e de estar a "mentir".

"Em 2019 terá o impacto que está lá previsto ter", afirma acrescentando que o Orçamento do Estado "estará seguramente equilibrado", até porque não existem necessariamente efeitos orçamentais de curto prazo, questão que fica ao critério do Governo.

"Se o tempo for contado daqui por ano, dois ou três, em tempo de aposentação, os professores podem aposentar-se mais cedo e isso não tem impacto financeiro nenhum", defendeu Rio exemplificando que atualmente há menos crianças, pelo que muitos dos professores que optassem pela reforma não teriam sequer de ser substituídos. 


Rui Rio insistiu ainda que os sociais-democratas vão manter a posição sobre o assunto: "Há uma coisa que eu sei, o PSD não votará nada diferente daquilo que disse sempre". O líder do PSD lembrou que a posição do partido permanece a mesma de sempre, é preciso ter em conta os mais de nove anos em que as carreiras docentes estiveram congeladas, e cabe ao Governo negociar com os representantes dos professores e determinar a fórmula e o tempo para o conseguir. 

Um núcleo restrito do Governo está reunido em São Bento para determinar a resposta à coligação negativa que ontem permitiu a PSD, CDS, Boco de Esquerda e PCP aprovar a contagem integral do tempo de serviço dos professores.


(Notícia atualizada às 13:09)
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