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PSD vê sinais de instabilidade mas declara-se "sem pressa" de ir a eleições

O PSD considerou esta sexta-feira que há sinais de instabilidade, como as declarações de PCP e BE sobre reestruturação da dívida, mas declarou não querer eleições agora, defendendo que a actual maioria deve responder pelos resultados da governação.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Fevereiro de 2016 às 15:29
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No encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Santarém, o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro, considerou que actualmente existe "um Governo com pressa de ter eleições e uma oposição que não tem pressa de ter eleições", embora ressalvando que o seu grupo parlamentar "está preparado para todas as eventualidades".

 

Em seguida, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, reforçou que o seu partido encara o futuro "sem pressa" e defende "a estabilidade", acrescentando: "O actual Governo não tem nenhuma razão para se desculpar com o que vai acontecer. É este Governo o inteiramente responsável pelo que acontecer ao nosso país nos próximos anos".

 

"E, se discordamos do caminho que este Governo está a seguir, não deixamos de respeitar, evidentemente, a maioria que suporta o Governo no parlamento. E essa maioria no fim do mandato deverá responder pelos resultados", defendeu.

 

Segundo o ex-primeiro-ministro, "ninguém acredita em Portugal que esta maioria dure quatro anos, mas isso não é evidentemente por causa do PSD".

 

Passos Coelho apontou as recentes declarações sobre a reestruturação da dívida: "O Bloco de Esquerda já avisou que ou há reestruturação de dívida, ou não há acordo para o Orçamento de 2017. Já está a prometer uma crise política em Fevereiro a pensar que não pode fazer, como o Syriza fez, a co-responsabilização pela governação".

 

"E o Partido Comunista não perdeu dois segundos, disse: não, não, não é para 2017, é já para 2016, vamos já discutir o assunto, não vá alguém adiantar-se neste resultado. Não sei se o PS acha que isto o ajuda a parecer um partido moderado. Veremos como é que essa negociação avança", completou.

 

Quanto à posição do PSD, acrescentou: "Não é quando as coisas se complicam à nossa volta que nós deitamos mais achas para a fogueira, que lançamos e semeamos a instabilidade, ou que fazemos as provocações e nos decidimos a deitar pedradas a quem não está de acordo connosco".

 

"Fiquem a saber: nós não temos medo de pedradas, nem nos deixamos enganar por quem esconde a mão e por quem faz o exercício das sombras, nós sabemos o que se está a passar, opomo-nos ao que se está a passar e continuaremos a dizer aos portugueses que, se não querem o que se está a passar, podem voltar a confiar no PSD", concluiu.

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