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PSD anuncia na segunda-feira como vai votar o Orçamento do Estado
Pedro Passos Coelho remeteu para segunda-feira o anúncio do sentido de voto do PSD na votação do Orçamento do Estado para 2016, referindo que nesse dia haverá reuniões da direcção nacional e do grupo parlamentar.
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No encerramento das jornadas parlamentares do PSD, em Santarém, o presidente dos sociais-democratas disse que será ainda feita uma "avaliação final" em relação a esta matéria.
"Na próxima segunda-feira teremos uma reunião da Comissão Permanente Nacional para determinar o sentido de voto do PSD nesta matéria e eu próprio terei a ocasião de informar o grupo parlamentar, ainda na segunda-feira de manhã, da conclusão que a Comissão Política Nacional vier a alcançar neste domínio", acrescentou.
Contudo, o ex-primeiro-ministro afirmou desde já que "este Orçamento não traduz uma estratégia clara nem do ponto de vista económico nem financeiro, não parece atender às restrições do país e está desenquadrado de qualquer perspectiva de médio prazo".
Passos Coelho considerou também que o Orçamento dá "sinais de intranquilidade e avessos à confiança" e traz "imprevisibilidade fiscal", admitindo que venham aí "novos arranjos fiscais".
No seu entender, é legítimo questionar se o executivo do PS pretende cumprir de facto o documento que apresentou e é preciso aguardar pelas negociações com os parceiros europeus para conhecer o verdadeiro Orçamento.
Por outro lado, o ex-primeiro-ministro sustentou que a proposta apresentada não põe fim à austeridade nem promove a procura interna, objectivos que disse terem sido invocados para justificar o derrube do anterior Governo PSD/CDS-PP. "Redistribui a austeridade e penaliza com impostos a classe média e as empresas, penalizando, portanto, aquilo que se diz querer promover, que é a procura interna", contrapôs.