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PS tem "sérias reservas" sobre o Orçamento do Estado para 2015

Pela voz do deputado Vieira da Silva, o PS reagiu ao Orçamento do Estado para 2015 considerando que o mesmo lhe "merece sérias reservas". Apesar de não avançar se os socialistas votarão contra o Orçamento, Vieira da Silva reforçou que as principais linhas deste orçamento suscitam "reservas centrais".

15 de Outubro de 2014 às 20:24
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O deputado socialista Vieira da Silva reagiu ao Orçamento do Estado para 2015, hoje apresentado pelo Governo, garantindo que este documento merece, da parte do partido Socialista, "sérias reservas". 

 

O antigo ministro do Governo de José Sócrates elencou três pontos que "merecem" suscitam desconfiança aos socialistas. Primeiro nota que a proposta de orçamento "tem enormes fragilidades do ponto de vista da sua credibilidade". Vieira da Silva salienta que o OE 2015 se baseia em perspectivas económicas "extremamente optimistas" na visão do PS, alertando para o facto da possibilidade de "desvios significativos ao nível das exportações e do consumo interno". 

 

O segundo ponto sublinhado pelo PS prende-se com o "risco de estagnação significativa da economia portuguesa" antecipado por esta proposta de orçamento. O deputado socialista notou que ao contrário da transformação estrutural prometida por este Governo, que assentava no reforço e aumento das exportações, as perspectivas orçamentais para 2015 sustentam-se acima de tudo no crescimento dos níveis do consumo interno.

 

O terceiro e último ponto que merece a reprovação do PS está relacionado com o que Vieira da Silva designou de "política continuada de fragilização do Estado social". "Podia dar vários exemplos", garantiu o deputado do PS que se cingiu ao anúncio feito por Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, sobre a limitação máxima das prestações contributivas. 

 

Na perspectiva do antigo ministro da Segurança Social, a ministra referia-se ao "subsídio social de desemprego", anunciando assim que "vai ser uma vez mais atingido um dos tecidos sociais mais fragilizados que é o dos desempregados", lamentou. Reforçando a convicção de que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho pretende continuar a reduzir as funções sociais do Estado, notou que "está prevista uma grande redução da despesa" no ministério da Educação.

 

PS não revela se votará contra o OE 2015

 

Vieira da Silva recusou-se a adiantar aos jornalistas qual será o sentido de voto dos socialistas aquando da votação do OE 2015, isto já depois de António Costa, candidato socialista a primeiro-ministro e mais do que provável futuro secretário-geral do partido, ter revelado que será difícil que o PS vote de uma forma que não pela rejeição.

 

"Não há nenhuma decisão. Amanhã haverá uma reunião do grupo parlamentar", lembrou Vieira da Silva que acrescentou que ainda será necessária uma tomada de posição de António Costa, pelo que "só depois desse debate é que o PS tomará uma posição", concluiu.

 

Em jeito de conclusão, o deputado reforçou que as reservas socialistas face ao orçamento "são reservas centrais", deixando uma indicação de que o PS poderá mesmo opor-se à aprovação parlamentar do OE 2015.

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