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PCP diz que o OE representa a "continuação da política da troika"

O Partido Comunista considera que as medidas apresentadas no OE 2015 significam a continuação do empobrecimento em que se privilegia "o favorecimento do grande capital" face a "uma brutal carga fiscal sobre os rendimentos dos trabalhadores". Como exemplo referiu a manutenção da sobretaxa sobre o IRS e a descida do IRC para 21%.

Bruno Simão/Negócios
15 de Outubro de 2014 às 20:43
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Na reacção à apresentação, esta tarde, do Orçamento do Estado para 2015 pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o deputado comunista Paulo Sá começou por salvaguardar que o documento "merece uma análise mais aprofundada".

 

No entanto, Paulo Sá não perdeu a ocasião para tecer críticas substantivas a um documento que disse representar "a continuação da política da troika". Trata-se da "continuação da política da troika de empobrecimento", acrescentou, sublinhando ainda "o favorecimento do grande capital", em contraste com o "uma brutal carga fiscal sobre os rendimentos dos trabalhadores", num "orçamento que continua um ataque às funções sociais do Estado". 

 

De forma mais descritiva, Paulo Sá lamentou que o Governo esteja "a tornar definitivas as medidas anunciadas como provisórias". O parlamentar comunista classificou as opções governativas de "saque fiscal", lembrando que "em três anos foram cobrados mais de 11 mil milhões de euros em sede de IRS".

 

"Quando à redução da sobretaxa, é um embuste. Dificilmente haverá lugar para qualquer redução da sobretaxa em 2016", garantiu Paulo Sá.

 

Em paralelo à não descida da sobretaxa de IRS, Paulo Sá criticou a opção do Executivo de diminuir "pelo segundo ano consecutivo a taxa de IRC que passa para 21%", naquilo que considera ser um exemplo de como o Governo privilegia as empresas aos trabalhadores.

 

Os comunistas criticam ainda a manutenção do "nível brutal dos juros pagos pela dívida pública, a manutenção dos pesados encargos com as parcerias públicos-privadas e o corte de mil milhões de euros que as prestações sociais irão sofrer".

 

Em jeito de conclusão, Sá afirmou que este orçamento "representa o prosseguimento de uma política de exploração e de desastre nacional".

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