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PS dispara nas sondagens e deixa PSD a seis pontos de distância

O PS aumentou a distância que o separa do PSD no barómetro mensal da Aximage. Este mês, os socialistas sobem quase três pontos face a Abril, ao passo que o PSD cai mais de um ponto. A distância entre os dois ultrapassa os seis pontos.

13 de Maio de 2016 às 17:06
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No mês de Maria, os portugueses parecem estar com mais fé no PS e no caminho que o Governo de António Costa está a trilhar. O barómetro político de Maio da Aximage, para o Negócios e o Correio da Manhã, mostra que o PS sobe mais de três pontos nas intenções de voto face a Abril, passando de 35,6% para 38,5%. O PSD faz o percurso inverso, descendo de 33,5% em Abril para 32,3% este mês. A diferença entre os dois partidos, 6,2 pontos percentuais, é a maior desde que Costa está à frente do Governo.

 

Depois de terem estado praticamente colados nos primeiros quatro meses de governação de António Costa, sempre com o PSD à frente (embora com uma margem reduzida), o mês de Abril marcou um inversão: o PS ultrapassou os social-democratas pela primeira vez e o PSD caiu para o segundo lugar, a dois pontos dos socialistas. Este mês confirma a tendência de subida do PS e de descida do PSD, com o fosso a ser agora pronunciado.

 

Nos outros partidos que compõem a "geringonça", a tendência é de estabilidade. O Bloco de Esquerda cai ligeiramente face a Abril (de 10% para 9,7%), ao passo que a CDU, que engloba o PCP e Os Verdes, passa de uma intenção de voto de 6,2% para 6,6%. Já o CDS cai ligeiramente: os 4,2% de Abril dão agora lugar a uma preferência de 4% dos 600 inquiridos. O estudo foi conduzido a 6, 7 e 8 de Maio.

 

António Costa ultrapassou Assunção Cristas e é agora o político com melhor avaliação: tem nota de 13,3, de 0 a 20. A líder do CDS começou a todo o gás na presidência do partido, em Abril, entrando directamente para o primeiro lugar das preferências dos inquiridos. Este mês, caiu para a segunda posição, que divide com Catarina Martins: têm as duas uma nota de 11,8. Jerónimo de Sousa sai de terreno negativo (8,7) e tem agora 10,2. Já Passos Coelho tomba dos 8,9 de Abril para 6,9 este mês.

 

O índice de expectativas no Governo de António Costa também prossegue o caminho de recuperação que iniciou em Fevereiro, registando agora um valor de 39 (este indicador oscila entre -100 e 100). Em Janeiro, este índice atingiu o valor mais alto, 42, tendo travado a pique em Fevereiro e crescido todos os meses até ao actual. Os inquiridos também confiam mais em Costa para ser primeiro-ministro (54,5%) do que em Passos Coelho (36,1%).


Tiago Brandão Rodrigues é o pior ministro

 

O ministro da Educação não passou incólume à polémica que dos contratos de associação com as escolas privadas e foi considerado o pior ministro do Governo. Apesar disso, é também considerado o terceiro melhor ministro. O ministro preferido dos portugueses inquiridos pela Aximage é o dono da pasta das Finanças, Mário Centeno, seguido de Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde. Curiosamente, Mário Centeno é também eleito o segundo pior ministro.

 

Centeno é, também, e de forma categórica, o ministro com maior notoriedade no Governo, deixando a grande distância Capoulas Santos (Agricultura), Francisca Van Dunem (Justiça) e Tiago Brandão Rodrigues (Educação).

 

Marcelo quase perfeito em Belém

 

O barómetro da Aximage também se debruça sobre a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa. A classificação é brilhante: os inquiridos avaliam a actuação do Presidente da República com 18,8 valores, numa escala de 0 a 20. Marcelo consegue melhorar a nota que lhe tinha sido atribuída em Abril, que já era igualmente alta: 18,1. O contraste com Cavaco Silva é gritante: no último mês em que foi avaliado, Fevereiro, o ex-Chefe de Estado foi avaliado com 6,5.

 

Para a esmagadora maioria dos inquiridos, 92,4%, Marcelo tem actuado "bem" como Presidente da República. Só 2,2% consideram que a actuação do chefe de Estado tem sido "assim-assim" e 3,6% dos inquiridos consideram que tem actuado "mal".

 

Marcelo pontua melhor entre os eleitores da "geringonça" do que entre os eleitores da sua área política. Os eleitores da CDU não fazem por menos e dão-lhe nota máxima, 20. Seguem-se os eleitores do PS, que lhe dão 19,5, e os do Bloco de Esquerda, que apesar das críticas de Catarina Martins avaliam Marcelo com 19. Mais modestos são os eleitores do PSD, que lhe atribuem 18,6, e os do CDS, com 17,7.

FICHA TÉCNICA Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 281 a homens e 319 a mulheres; 55 no Interior Norte Centro, 70 no Litoral Norte, 102 na Área Metropolitana do Porto, 122 no Litoral Centro, 167 na Área Metropolitana de Lisboa e 84 no Sul e Ilhas; 96 em aldeias, 161 em vilas e 343 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 7, 8 e 9 de Maio de 2016, com uma taxa de resposta de 86,6%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.


(Notícia actualizada com mais informação às 17:30)

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