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António Costa afirma que Portugal vai atingir as metas do défice

O primeiro-ministro reconhece o cepticismo da Comissão em relação ao défice mas recorda o apoio de Bruxelas ao Governo anterior: "Não venham multar os portugueses porque não temos culpa das políticas que foram executadas".

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Maio de 2016 às 09:08
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O secretário-geral do PS, António Costa, considera que Portugal vai atingir as metas do défice, congratulando-se também pelo facto de a Comissão Europeia, apesar de algum "cepticismo", afirmar que essa meta será cumprida.

"Virámos uma página e pela primeira vez, este ano, com este Governo, com este orçamento, a própria Comissão Europeia reconhece e a previsão que faz, é que pela primeira vez fiquemos com um défice abaixo de três por cento", disse.

António Costa, que falava no sábado à noite em Elvas, no distrito de Portalegre, na apresentação da moção "Cumprir a alternativa, consolidar a esperança", com que se recandidata à liderança do PS, congratulou-se pelo facto da Comissão Europeia assumir que Portugal "pode cumprir" os objetivos.

"Bem sei que é mais céptica do que o Governo quanto ao grau de cumprimento dos objetivos, mas a verdade é esta: é que mesmo que tivéssemos o resultado que corresponde ao cepticismo da comissão e só tivéssemos um défice de 2,7%, não só estávamos abaixo dos três por cento como seria o melhor défice dos últimos 42 anos do país e um dos melhores de todo o sul da Europa", afirmou o também primeiro-ministro.

António Costa sublinhou ainda o papel que o país teve na construção do projecto europeu, defendendo na sua intervenção que não aceita que Portugal possua um lugar menor na Europa, mas um "lugar maior", baseado no "respeito" entre os vários parceiros.

"O nosso lugar tem que ser um lugar maior na Europa e esse lugar é um lugar que construímos no respeito que temos pelos outros e no respeito que também exigimos que todos tenham connosco", disse.

Durante a sua intervenção, António Costa fez questão de recordar que o PS não apoiou o anterior Governo e que sempre frisou que as suas políticas iriam obter resultados "errados".

"E estamos muito há vontade para dizer o seguinte: Nós não apoiamos o anterior Governo, nós não apoiamos o Governo que governou Portugal entre 2013 e 2015, criticamos as suas políticas, dissemos que as suas políticas dariam resultados errados", disse.

"Mas estamos hoje também em condições de dizer à Europa, que tanto apontou esse Governo como um modelo de boa governação, e tanto apoiou as suas políticas que agora que se verificou que essas políticas falharam. Não venham multar os portugueses porque nós não temos culpa das políticas que foram executadas", acrescentou.

Na sua intervenção no Centro de Negócios Transfronteiriço de Elvas, António Costa defendeu ainda o crescimento da economia, recordou o trabalho que o Governo tem efetuado ao longo da legislatura e o acordo estabelecido com o BE, PCP e PEV.

As eleições autárquicas de 2017 foi outro dos assuntos que o secretário-geral do PS abordou, alertando os militantes e simpatizantes do partido para a importância desse desafio.
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