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Portas responde a biografia de Passos e garante que formalizou demissão "por carta"

Na biografia autorizada, Passos Coelho diz ter recebido uma sms na tarde de 2 de Julho com o anúncio da demissão de Portas. O agora vice-primeiro-ministro reage dizendo que comunicou a decisão de manhã e que formalizou-a por carta.

Miguel Baltazar/Negócios
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A demissão de Paulo Portas, em Julho de 2013, foi "formalizada" por carta. A garantia veio do gabinete de imprensa do CDS, ao final de um dia em que o partido reagiu com incómodo, mas também com prudência, à indicação, feita pela biografia autorizada de Passos Coelho, de que Portas se tinha demitido por sms.

 

A nota do gabinete do partido da coligação não desmente que não tenha havido a referida mensagem, como diz o livro "Somos o que escolhemos ser", mas entra em contradição na hora da comunicação.

 

O gabinete do partido liderado por Portas, que há mais de uma semana anunciou a coligação com o PSD de Passos Coelho para concorrerem às próximas eleições, "esclarece que o pedido de demissão do então Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aconteceu na manhã de 2 de Julho de 2013, e foi naturalmente formalizado por carta".

 

"Fui almoçar e quando ia a caminho da comissão permanente, às 15h00, recebi uma SMS do Dr. Paulo Portas a dizer que tinha reflectido muito e que se ia demitir", relata o primeiro-ministro no referido livro, uma biografia autorizada.

 

Na nota enviada às redacções, o gabinete dos centristas assegura que o "Dr. Paulo Portas não falou com a autora do livro pelo que admite que a mesma tenha incorrido num lapso a que não atribui importância". A autora é Sofia Aureliano, assessora do grupo parlamentar social-democrata. 

 

Estes são os esclarecimentos que o CDS opta por fazer num comunicado que diz que "o Dr. Paulo Portas não comenta nem valoriza algumas notícias hoje surgidas a propósito da publicação do livro 'Somos o que escolhemos ser'". Ao longo da tarde, começaram a ser notícia as reacções com algum desconforto por parte de figuras do CDS, entre as quais Diogo Feio, que disse que "era bom também que o livro dissesse de que forma o primeiro-ministro informou Paulo Portas sobre o nome da nova ministra das Finanças".

 

Na sequência da demissão de Vítor Gaspar, a 1 de Julho, Portas, então ministro dos Negócios Estrangeiros, pretendia uma alteração do rumo do Ministério das Finanças, demitindo-se no dia seguinte, de forma "irrevogável", devido à escolha de Maria Luís Albuquerque para ocupar aquele cargo. Seguiu-se uma crise política, que terminou com Paulo Portas a ascender a vice-primeiro-ministro do Governo de coligação.

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