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Biografia de Passos engana-se no "dia mais marcante de todo o mandato"

O livro com a biografia autorizada de Passos Coelho, "Somos o que escolhemos ser", descreve o dia da demissão de Paulo Portas como "o mais marcante de todo o mandato". Porém, diz erradamente que essa demissão teve lugar a 3 de Julho.

Miguel Baltazar/Negócios
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A biografia autorizada de Pedro Passos Coelho, que foi apresentada esta terça-feira pelo comissário Carlos Moedas, levantou o véu à forma como Paulo Portas comunicou a decisão de se demitir: fê-lo por SMS, depois de manifestar não estar confortável com a nomeação de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças. Mas a obra tem um erro: diz que a "tomada de posse foi marcada para dia 3 de Julho de 2013", mas, na realidade, ela teve lugar a 2 de Julho.

 

A crise política de Julho de 2013 precipitou-se a 1 de Julho, quando Vítor Gaspar apresentou a demissão, e a 2 de Julho, dia em que Maria Luís Albuquerque tomou posse como ministra das Finanças e Paulo Portas apresentou a sua demissão de forma "irrevogável".

 

Ora, ao descrever o dia da demissão de Paulo Portas, que caracteriza como "aquele que terá sido o dia mais marcante de todo o mandato", a biografia de Passos Coelho erra no dia. Não foi 3 de Julho, como está escrito, mas dia 2 de Julho.

 

De acordo com a obra, da autoria de Sofia Aureliano, "Paulo Portas foi a São Bento falar com Pedro Passos Coelho, ao fim da manhã desse dia". "Afirmou não estar confortável com a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, porque significaria que Passos Coelho continuaria a ser informalmente o ministro das Finanças". Ora, "o chefe de Governo tentou dissuadi-lo, descansando-o sobre as competências da sucessora nomeada e assegurando-lhe que todas as suas ansiedades se confirmariam infundadas".

 

"Quando Paulo Portas saiu de São Bento, Pedro Passos Coelho estava longe de equacionar o cenário que se seguia", prossegue a autora.

 

O "mandato mais curto da história"

 

É aí que o primeiro-ministro divulga a famosa SMS que recebeu de Paulo Portas, e que deixou esta terça-feira o CDS à beira de um ataque de nervos: "Fui almoçar e quando ia a caminho da comissão permanente, às 15h00, recebi uma SMS do Dr. Paulo Portas a dizer que tinha reflectido muito e que se ia demitir".

 

Maria Luís Albuquerque tomou posse às 17h00 desse dia, mas confessou, no livro, que achou que "ia ter o mandato mais curto da história".

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