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Marques Mendes: Elisa Ferreira pode suceder a Centeno nas Finanças se ministro for para o FMI

O antigo líder do PSD declarou, no seu habitual espaço de comentário na SIC, que caso Mário Centeno seja o novo diretor-geral do FMI, entre os nomes para o substituir na pasta das Finanças está o de Elisa Ferreira, se bem que Vieira da Silva e Mourinho Félix também sejam hipóteses.

Pedro Catarino/Correio da Manhã
21 de Julho de 2019 às 21:17
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Luís Marques Mendes disse este domingo, no seu habitual espaço de comentário na SIC, que se Mário Centeno for para o FMI essa "é uma boa notícia para o próprio; é uma notícia prestigiante para Portugal; mas não é boa notícia para o Governo" e apontou Elisa Ferreira como uma forte candidata à sucessão do atual ministro das Finanças.

 

"Como se viu pelas declarações do PM à Rádio Observador, esta questão não estava nem está nos planos do Governo. Surgiu de surpresa. É um dado completamente novo. Mas atenção: há uma probabilidade séria de Centeno ir mesmo para o FMI. Não é ainda uma certeza. Mas é uma probabilidade muito séria", sublinhou o comentador.

 

Mas por que motivo não será uma boa notícia para o Governo? "Primeiro: porque António Costa ‘perde’ o seu grande trunfo eleitoral. Muito do eleitorado moderado vota no PS mais por Centeno que por António Costa", salienta Marques Mendes.

 

"Segundo: tem que encontrar um novo ministro das Finanças e as soluções não abundam. Vieira da Silva, uma hipótese, está de saída; Mourinho Félix é competente, mas um secretário de Estado que sobe a ministro é sempre visto como solução de recurso; resta uma solução que, essa sim, será forte e credível: Elisa Ferreira, atual vice-governadora do Banco de Portugal", declarou o ex-dirigente social-democrata.

 

No entender de Marques Mendes, "Elisa Ferreira, em teoria, pode fazer três lugares possíveis no curto prazo: é a mais que provável sucessora de Carlos Costa no BdP em 2020; mas pode ser também ministra das Finanças se Centeno sair para o FMI; e pode ser comissária europeia se Portugal ficar com os fundos e tiver que indicar uma mulher. E o mais curioso é que tem condições para fazer bem qualquer um destes lugares".

 

Finalmente, referiu o antigo líder do PSD, "a questão FMI acarreta uma outra consequência, em Bruxelas: se Centeno continuar no Eurogrupo, a prioridade do Governo é a de tentar, como pelouro, a área do Orçamento ou Política Regional (Fundos) e o desejado é Pedro Marques para comissário; mas, se Centeno for para o FMI, tudo muda. Neste caso, ao que apurei, alarga-se o leque de pastas que interessam a Portugal. Nesse caso, podemos ter outra pasta, mais económica, e o comissário já pode ser outra pessoa, com outro perfil".

 

Recorde-se que o nome Mário Centeno está em cima da mesa para ser o próximo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), cargo deixado vago por Christine Lagarde que vai para presidente do Banco Central Europeu (BCE). O seu nome foi avançado pelo The Wall Street Journal, no passado dia 17 de julho, como estando numa lista de candidatos europeus à liderança do Fundo.

 

Em entrevista à Rádio Observador, o primeiro-ministro confirmou essa hipótese, mas garantiu que essa não é uma prioridade.

"Centeno no FMI é hipótese mas não é objetivo", disse António Costa quando questionado sobre a especulação dos últimos dias. "Sei também que não era um objetivo de vida pessoal [de Mário Centeno]", revelou o primeiro-ministro, recusando fazer previsões sobre o desfecho deste processo. Costa recordou ainda que "há um número limitado de ministros das Finanças da União Europeia numa shortlist". 

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