Notícia
França quer Kristalina Georgieva a liderar o FMI, mas a idade é um problema
Para o Governo francês, a atual diretora executiva do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, é vista como uma solução de compromisso para a liderança do FMI.
A búlgara que foi derrotada por António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas (ONU) pode agora bater Mário Centeno na corrida à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em França, Kristalina Georgieva é vista como uma candidata de compromisso, mas é preciso mudar a regra da idade, de acordo com o Financial Times.
O diretor-geral do FMI só pode ser nomeado caso tenha menos de 65 anos, não podendo exercer o cargo para lá dos 70 anos (cada mandato é de cinco anos). França quer mudar essa regra de forma a estender a passadeira para que Georgieva, que tem 65 anos, possa emergir como uma solução de compromisso para substituir Christine Lagarde em Washington.
Foi o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, quem introduziu essa possibilidade nos encontros informais à margem do G-7 da semana passada, de acordo com três fontes europeias citadas pelo FT. Caso a retirada do limite de idade reúna o apoio dos países europeus, a votação para alterar essa regra pode acontecer já esta semana no comité executivo do Fundo.
O processo de seleção do novo diretor-geral do FMI começou na semana passada quando Christine Lagarde anunciou oficialmente a sua saída, marcada para 12 de setembro, dia em que deverá ser ouvida no Parlamento Europeu, um dos passos necessários para que se torne a próxima presidente do Banco Central Europeu (BCE). O Fundo fica assim com menos de dois meses para nomear um novo líder.
Até ao final deste mês, os líderes europeus pretendem chegar a um consenso sobre quem vão escolher para a liderança do FMI que, dado o historial e o acordo informal com os EUA (que ficam com o Banco Mundial), é da responsabilidade da União Europeia. De acordo com o FT, é praticamente certo que tanto Jeroen Dijsselbloem como Mark Carney estão fora da corrida, tal como noticiado na semana passada.
Kristalina Georgieva tem experiência internacional no Banco Mundial e esteve durante seis anos como comissária europeia, tendo gerido as pastas de cooperação internacional. Contudo, tem pouca experiência em economia, nomeadamente em mercados financeiros e nas políticas de estabilização macroeconómica, duas áreas fundamentais no trabalho realizado no FMI.
A favor tem a sua imagem, que está afastada da receita de austeridade expansionista pela qual o Fundo foi duramente criticado durante a última crise assim como a Comissão Europeia, o Eurogrupo e alguns ministros das Finanças da União Europeia.
Quanto a Mário Centeno, o nome do ministro das Finanças continua em cima da mesa, mas esse cargo não é um objetivo para o Governo português, segundo o primeiro-ministro. "Sei também que não era um objetivo de vida pessoal [de Centeno]", revelou António Costa na semana passada. Já o comentador político Luís Marques Mendes disse ontem que "há uma probabilidade séria de Centeno ir mesmo para o FMI".
Na corrida estão também, segundo a imprensa internacional, o governador do Banco da Finlândia, Olli Rehn, e a ministra das Finanças espanhola, Nadia Calviño. O nome do socialista francês Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, também já foi referido como potencial candidato.
O diretor-geral do FMI só pode ser nomeado caso tenha menos de 65 anos, não podendo exercer o cargo para lá dos 70 anos (cada mandato é de cinco anos). França quer mudar essa regra de forma a estender a passadeira para que Georgieva, que tem 65 anos, possa emergir como uma solução de compromisso para substituir Christine Lagarde em Washington.
O processo de seleção do novo diretor-geral do FMI começou na semana passada quando Christine Lagarde anunciou oficialmente a sua saída, marcada para 12 de setembro, dia em que deverá ser ouvida no Parlamento Europeu, um dos passos necessários para que se torne a próxima presidente do Banco Central Europeu (BCE). O Fundo fica assim com menos de dois meses para nomear um novo líder.
Até ao final deste mês, os líderes europeus pretendem chegar a um consenso sobre quem vão escolher para a liderança do FMI que, dado o historial e o acordo informal com os EUA (que ficam com o Banco Mundial), é da responsabilidade da União Europeia. De acordo com o FT, é praticamente certo que tanto Jeroen Dijsselbloem como Mark Carney estão fora da corrida, tal como noticiado na semana passada.
Kristalina Georgieva tem experiência internacional no Banco Mundial e esteve durante seis anos como comissária europeia, tendo gerido as pastas de cooperação internacional. Contudo, tem pouca experiência em economia, nomeadamente em mercados financeiros e nas políticas de estabilização macroeconómica, duas áreas fundamentais no trabalho realizado no FMI.
A favor tem a sua imagem, que está afastada da receita de austeridade expansionista pela qual o Fundo foi duramente criticado durante a última crise assim como a Comissão Europeia, o Eurogrupo e alguns ministros das Finanças da União Europeia.
Quanto a Mário Centeno, o nome do ministro das Finanças continua em cima da mesa, mas esse cargo não é um objetivo para o Governo português, segundo o primeiro-ministro. "Sei também que não era um objetivo de vida pessoal [de Centeno]", revelou António Costa na semana passada. Já o comentador político Luís Marques Mendes disse ontem que "há uma probabilidade séria de Centeno ir mesmo para o FMI".
Na corrida estão também, segundo a imprensa internacional, o governador do Banco da Finlândia, Olli Rehn, e a ministra das Finanças espanhola, Nadia Calviño. O nome do socialista francês Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, também já foi referido como potencial candidato.