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Kristalina Georgieva é a candidata europeia à chefia do FMI
O impasse foi desbloqueado e a diretora-executiva do Banco Mundial foi a escolhida como candidata da União Europeia à corrida à liderança do Fundo Monetário Internacional.
Ao fim de muitas horas, está tomada a decisão sobre quem vai ser o candidato europeu para o cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional: a búlgara Kristalina Georgieva.
A terceira votação, já entre apenas dois nomes, a búlgara Kristalina Georgieva e o holandês Jeroen Dijsselbloem, trouxe alguma vantagem à diretora-executiva do Banco Mundial – que era tida como aposta do presidente francês, Emmanuel Macron.
Não conseguiu, contudo, a maioria qualificada (apoio de mais de 55% dos Estados-membros, que representam mais de 65% da população do bloco comunitário) requerida para vencer.
No entanto, menos de uma hora depois estava a decisão tomada, uma vez que Dijsselbloem desistiu.
A búlgara, que foi derrotada por António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas (ONU), tem 65 anos e é uma adepta de ioga, tendo recentemente partilhado na sua conta do Twitter um evento de ioga e meditação que teve lugar no Banco Mundial.
A relaxing start to the day @WorldBank with some #yoga and #meditation before work. #Namaste pic.twitter.com/dnbirh1nyX
— Kristalina Georgieva (@KGeorgieva) July 25, 2019
Kristalina Georgieva tem experiência internacional no Banco Mundial e esteve durante seis anos como comissária europeia, tendo gerido as pastas de cooperação internacional. Contudo, tem pouca experiência em economia, nomeadamente em mercados financeiros e nas políticas de estabilização macroeconómica, duas áreas fundamentais no trabalho realizado no FMI.
A favor tem a sua imagem, que está afastada da receita de austeridade expansionista pela qual o Fundo foi duramente criticado durante a última crise assim como a Comissão Europeia, o Eurogrupo e alguns ministros das Finanças da União Europeia.
Recorde-se que hoje, após a segunda votação dos ministros das Finanças da União Europeia, Olli Rehn também se retirou da corrida.
A desistência do governador do banco central da Finlândia surgiu depois de Nadia Calviño ter desistido esta manhã e de Mário Centeno ter optado ontem por não ir a votos.
O processo de seleção do novo diretor-geral do FMI começou a meio de julho, quando Christine Lagarde anunciou oficialmente a sua saída, marcada para 12 de setembro, dia em que deverá ser ouvida no Parlamento Europeu, um dos passos necessários para que se torne a próxima presidente do Banco Central Europeu (BCE).
(notícia atualizada às 21:08)