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Kristalina Georgieva sucede a Lagarde no FMI a 1 de outubro

Kristalina Georgieva vai ser a próxima diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), sucedendo a Christine Lagarde.

25 de Setembro de 2019 às 18:47
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Kristalina Georgieva foi aprovada pelo conselho executivo do FMI para ser diretora-geral da instituição, sucedendo a Christine Lagarde que abandonou o cargo para ir liderar o Banco Central Europeu (BCE). A decisão foi anunciada esta quarta-feira, 25 de setembro, pelo Fundo Monetário Internacional.

A confirmação de Georgieva já era esperada, dado o acordo informal que existe entre os países europeus e os Estados Unidos em que a liderança do Banco Mundial fica para os norte-americanos e a liderança do FMI fica para os europeus. Além disso, o obstáculo da idade - os regulamentos do FMI proibiam que o diretor-geral fosse nomeado com 65 ou mais anos - foi eliminado durante este processo, abrindo o caminho à nomeação da búlgara. 

O mandato começará a 1 de outubro e durará cinco anos. De acordo com o Fundo, Georgieva é a primeira pessoa de uma economia emergente, a Bulgária, a liderar o FMI desde a sua criação em 1944. Será o 12.º nome a ocupar o cargo.

Num outro comunicado enviado pelo FMI, Georgieva agradece a confiança dos membros do conselho executivo do FMI e presta uma homenagem a Lagarde, "uma grande líder e amiga, cuja visão e incansável trabalho contribuiu tanto para o sucesso contínuo do Fundo". 

"O FMI é uma instituição única, com uma grande história e uma equipa de topo", afirmou, garantindo que irá trabalhar para ajudar a assegurar a estabilidade da economia mundial e do sistema financeiro "através da cooperação internacional". "Na minha opinião, o papel do Fundo nunca foi tão importante [como é hoje]", acrescentou. 

Para Kristalina Georgieva, "é uma grande responsabilidade estar à frente do FMI num período em que o crescimento económico mundial continua a desiludir, as tensões comerciais persistem e a dívida está em níveis historicamente elevados". A sua prioridade será ajudar os países a "minimizarem o risco de crise e a prepararem-se para lidar com desacelerações [da economia]". 

Além disso, a búlgara compromete-se a abordar temas como a melhoria das condições de vida dos cidadãos, as desigualdades face aos 1% mais ricos, os riscos das alterações climáticas e a "rápida" mudança tecnológica - temas que ganharam maior destaque durante o mandato de Christine Lagarde. 

Enquanto diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva será responsável por uma equipa de cerca de 2.700 funcionários - nomeadamente o ex-ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, que é o responsável pelo departamento dos Assuntos Orçamentais - e presidirá ao conselho executivo do Fundo, sendo assistida por quatro vice-diretores.


Georgieva era até agora a CEO do Banco Mundial, cargo que ocupava desde janeiro de 2017. Durante alguns meses de 2019 chegou a ser presidente interina da instituição até a administração norte-americana ter nomeado David Malpass. Anteriormente, foi comissária europeia para a Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Resposta a Crises e vice-presidente da Comissão Europeia para o Orçamento e os Recursos Humanos.

Tem um doutoramento em ciência económica e um mestrado em economia política e sociologia. Também já foi professora na Bulgária. Tem 66 anos.
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