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Georgieva e Dijsselbloem disputam liderança do FMI

Olli Rehn, governador do banco central da Finlândia, também já se retirou da votação para ser o candidato europeu ao FMI

Kristalina Georgieva, diretora-executiva do Banco Mundial, é aposta do presidente francês, Emmanuel Macron. Reuters
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A disputa de quem vai ser o candidato europeu para o cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional vai ser feita entre Kristalina Georgieva e Jeroen Dijsselbloem.

Após a segunda votação dos ministros das Finanças da União Europeia, Olli Rehn também já se retirou da corrida. A desistência do governador do banco central da Finlândia surge depois de Nadia Calviño ter desistido esta manhã e de Mário Centeno ter optado por não ir a votos.

"É um cargo excecionalmente relevante e motivador. Contudo, nesta altura retiro o meu nome da votação, de modo a que possamos alcançar uma solução de consenso para o candidato europeu e que tenha apoio mundial", escreveu Rehn num tweet.   


Esta manhã a ministra das Finanças espanhola também tinha justificado a desistência com o objetivo de "contribuir" para uma escolha consensual. O mesmo tinha feito o ministro das Finanças português, mas Mário Centeno nem foi a votos, o que lhe deixou uma porta a aberta a ser o escolhido, caso este sistema de votação não desse resultado. Um desfecho que parece agora pouco provável, uma vez que restam apenas dois candidatos.

Centeno decidiu não participar nas votações, mas sinalizou disponibilidade para, se necessário e se os congéneres europeus assim o entenderem, surgir como um "outsider" capaz de receber apoio maioritário. Por outro lado, ao retirar o nome das rondas de votações desta sexta-feira, Mário Centeno também evita desgastar-se e criar potenciais anti-corpos que pudessem, no futuro, criar obstáculos ao cargo que mantém de líder do Eurogrupo.  

Participam agora nas votações Jeroen Dijsselbloem, ex-ministro das Finanças da Holanda e antecessor de Centeno no Eurogrupo, que esta semana esteve em Madrid e em Atenas para tentar recolher apoios; e Kristalina Georgieva, diretora-executiva do Banco Mundial que é tida como aposta do presidente francês, Emmanuel Macron.

Para a eleição como candidato europeu ao FMI, é necessária uma maioria qualificada numa das votações que hoje decorrem, o que significa que é preciso o apoio de, no mínimo, 55% dos países que sejam representativos de pelo menos 65% da população europeia. A informalidade destas votações não elimina candidatos, mas à medida que decorre cada ronda de votações o candidato menos apoiado é convidado a sair da corrida pelo ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, responsável por liderar o processo de escolha do sucessor de Lagarde.

Historicamente, a chefia do FMI é entregue a um cidadãos europeu, enquanto a liderança do Banco Mundial é exercida por um americano.

O período para a apresentação formal de candidaturas decorre entre 29 de julho e 6 de setembro. Na semana passada, o FMI revelou que pretende ter o processo concluído até 4 de outubro.

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