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Marina Silva surge como favorita frente a Dilma Rousseff em nova sondagem

Inquérito do instituto Datafolha revela que candidatas estão empatadas na primeira volta. Já na segunda ronda, a antiga ministra do Ambiente de Lula da Silva surge como favorita à vitória com 10 pontos de vantagem.

Bloomberg
01 de Setembro de 2014 às 19:25
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Marina Silva promete vir a dar luta a Dilma Rousseff nas presidenciais brasileiras. No espaço de 11 dias, a candidata pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) subiu 13 pontos percentuais nas intenções de voto na primeira ronda.

 

A antiga ministra do Ambiente de Lula da Silva passou dos 21% registados no inquérito de 18 de Agosto para 34% a 29 de Agosto, segundo a sondagem da Datafolha, citada pela Globo. Por seu turno, a presidente do Brasil registou uma queda. Dos anteriores 36% de intenção de voto regista agora 34%.

 

As duas candidatas estão assim empatadas a pouco mais de um mês da realização das eleições presidenciais - que vão ter lugar a 5 de Outubro.

 

A sondagem do Datafolha - realizada para a TV Globo e o jornal Folha de São Paulo - revela também que na segunda volta Marina Silva pode vir a bater Dilma Rousseff por 10 pontos percentuais.

 

Na sondagem anterior, Marina Silva contava com 47% das intenções de voto, agora conta com 50%. Já a presidente brasileira tinha 43% e agora está com 40% das intenções.


Além de roubar votos a Dilma Rousseff, Marina Silva também foi buscar votos ao candidato Aécio Neves do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), antigo governador do Estado de Minas Gerais. Com 20% de intenção de votos na sondagem anterior, este valor caiu agora para 15%.

 

Na quarta posição, surge o candidato pelo Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo, que conta com 3% das intenções de voto contra os 2% anteriores. Vários outros candidatos surgem com menos de 1% nas intenções de voto.

 

Olhando para uma possível disputa entre Dilma Rousseff e Aécio Neves na segunda volta, a presidente conta com 48% contra os 40% do antigo governador de Minas Gerais.

 

Noutra sondagem, realizada pelo Ibope, a candidata do PSB também surge como favorita à vitória nas presidenciais brasileiras.

 

Marina Silva apresentou programa para os próximos quatro anos


Se chegar ao Governo, Marina Silva vai tentar diminuir o peso do Estado, assim como das empresas estatais, na economia, e estimular o desenvolvimento do mercado de capitais para financiar projectos, com destaque para as infraestruturas.

 

O documento, citado pela revista Veja, aponta também a intenção de "eliminar a prática" de usar as empresas estatais "como instrumento de política macroeconómica".

 

Em destaque também estão os subsídios a sectores específicos, que devem ser eliminados pois "reduzem a eficiência na alocação de recursos e comprometem o crescimento económico, entre outras coisas, por causa das incertezas geradas quanto a preços relativos".

 

O objectivo final destas medidas é "deixar a economia respirar" e fazer com que o Governo deixe de "ser controlador para tornar-se servidor dos cidadãos", numa alusão ao Governo de Dilma.

 

Por outro lado, a candidata do PSB também pretende aumentar os custos com educação e com a saúde. A candidata do PSB também quer um Banco Central do Brasil mais independente e que as empresas brasileiras não dependam tanto do dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

  

Em reacção, Dilma Rousseff veio a público criticar o programa e apontar que a sua aplicação irá ser prejudicial para a economia. "Eu li o programa de governo da candidata e vi propostas que me deram muita preocupação em relação ao emprego e à indústria nacional", disse a presidente.

 

Economia aparte, a apresentação do programa de Marina Silva criou polémica no Brasil por outras razões. O programa original continha o apoio a propostas para legalizar o casamento homossexual no Brasil.

 

Mas, passado um dia, e depois de críticas mais à direita e de responsáveis evangélicos, o texto acabou po ser alterado para uma versão mais suave: "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".

 

A equipa de Dilma Rousseff não perdeu tempo e atacou a alteração ao texto. "Evangélica fervorosa, Marina já teve várias opiniões sobre o tema. Em 2010, era contrária e, em 2013, chegou a defender as ações de Marco Feliciano (PSC-SP), famoso pelas críticas homofóbicas", escreveu a campanha da presidente no Facebook.

 

Marina Silva negou ter havido uma "revisão" e disse que houve um "engano" por parte da sua campanha.

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