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Marcelo atira água para a "fervura" política

Todos os partidos com assento parlamentar vão esta segunda-feira ao Palácio de Belém explicar o clima político dissonante com o "estado de espírito do povo".

Bruno Simão/Negócios
25 de Julho de 2016 às 09:26
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Marcelo Rebelo de Sousa vai receber esta segunda-feira, 25 de Julho, todos os partidos com representação na Assembleia da República, numa altura em que os indicadores económicos, a situação na banca, as sanções da Comissão Europeia e até a preparação do Orçamento do Estado para o próximo ano estão a fazer subir o clima de crispação política.

 

Segundo a agenda presidencial, as reuniões vão decorrer entre as 12h e as 18h, com intervalos de uma hora, e os partidos vão reunir-se com o chefe de Estado por ordem crescente da dimensão da bancada parlamentar: PAN, Verdes, PCP, CDS-PP, Bloco de Esquerda, PS e PSD. No dia seguinte passam também por Belém os representantes patronais e sindicais com assento na concertação social.

 

Marcelo já explicou que esta é "uma grande ocasião" para ouvir os partidos e os parceiros económicos e sociais antes das férias e no término da sessão legislativa, depois da realização do debate do Estado da Nação e também antes do arranque da elaboração do documento orçamental para 2017. É este último dossiê, a cargo de Mário Centeno, que pode provocar algum desentendimento na chamada "geringonça", sobretudo atendendo às pressões de Bruxelas para o cumprimento das regras e das metas.

 

Mas se o Outono promete ser quente, o início de Verão tem escaldado o debate político e é na época mais quente do ano que o Governo terá de lidar com alguns dossiês sensíveis, que embora não sejam novos, têm vido a arrastar-se e a agudizar-se: o impasse na Caixa, a venda do Novo Banco, as sanções europeias, a execução orçamental, o andamento da economia e até a presidência do Conselho Económico e Social, depois do nome de Correia de Campos ter sido chumbado no Parlamento.

 

Dados todos estes alertas e o burburinho político que eles têm gerado, o Presidente da República atesta este domingo que "a crispação desapareceu" na sociedade portuguesa, mas no campo político a situação continua a ser diferente. "Como é habitual em todos os meses de Julho, não sei se por cansaço, se é porque está a acabar o trabalho do Parlamento, se é porque há ali uma espécie de acerto de contas a fazer em relação ao passado preparando o futuro (...). [há] uma certa subida de temperatura nos actores políticos".

 

"A minha experiência mostra que há no mês de Julho uma subida de temperatura nos actores políticos, no que se dizem, no que se chamam, naquilo que pensam ou não pensam mas dizem que pensam sobre o país, isso tem que ser levado à conta da época e não se confunde com estado de espírito do povo", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

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