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PCP quer aumentos nas pensões e nos salários em 2017

À saída do encontro com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa apresentou as medidas que gostaria de ver contempladas no Orçamento do Estado para 2017. O secretário-geral mostrou abertura para analisar o documento, mas não quis antecipar o sentido de voto.

Bruno Simão/Negócios
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O secretário-geral do PCP identificou esta segunda-feira, 25 de Julho, quais as medidas que gostaria de ver contempladas no Orçamento do Estado para 2017. São elas a subida real dos salários da Função Pública e do sector privado e o aumento das pensões. No entanto, Jerónimo de Sousa não atribuiu a mesma relevância às duas, mostrando-se mais focado em conseguir melhorar a vida dos reformados. 

Jerónimo de Sousa criticou a "centralidade" que está a ser dada à questão do défice, argumentando que se fala menos de questões como a reposição de direitos. "Há sectores cujos direitos não se encontram repostos", como é o caso dos pensionistas - que "não viram qualquer aumento das suas reformas" -, aos quais é preciso responder. 

No Orçamento deste ano, o PCP apresentou uma proposta para aumentar as pensões, que foi rejeitada pelo PS. Agora, os comunistas voltam à carga. As declarações foram feitas à saída do encontro com o Presidente da República, no Palácio de Belém. Em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa, que se mostrou disponível para "examinar" o Orçamento do Estado para 2017, mas não antecipou o sentido de voto - "nem sim, nem não", respondeu - afirmou que "seria importante" concretizar no próximo o que resulta do Orçamento de 2016 e da posição conjunta assinada em Novembro pelo PS, Bloco, PCP e Verdes.  

Questionado pelos jornalistas sobre se o PCP defende um aumento real dos salários na Função Pública, Jerónimo de Sousa respondeu: "obviamente. Defendemos tanto para a Administração Pública como para o sector privado esse aumento". O secretário-geral acrescentou que "seria um mau caminho voltar a cortá-los ou a congelá-los". No entanto, quando questionado sobre o facto de a carta enviada pelo ministro das Finanças para Bruxelas, que prevê o congelamento dos salários na Função Pública, o líder comunista defendeu que as posições do Governo nunca inviabilizaram as posições dos comunistas.

Jerónimo de Sousa garantiu que, na audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o PCP afirmou que "tudo o que seja esse caminho [de reposição de direitos, de rendimentos, que dê respostas ao crescimento, ao investimento e ao desenvolvimento económico] o PCP estará presente". "Qualquer inversão desse caminho, o PCP naturalmente não estará de acordo", avisou, referindo que "vai haver uma prova importante" aquando da aprovação do Orçamento para 2017.

O líder comunista revelou que já estão em curso "contactos normais" com o Orçamento no âmbito da preparação do Orçamento do Estado.    


(Notícia actualizada às 15:50)

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