Notícia
PCP quer aumentos nas pensões e nos salários em 2017
À saída do encontro com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa apresentou as medidas que gostaria de ver contempladas no Orçamento do Estado para 2017. O secretário-geral mostrou abertura para analisar o documento, mas não quis antecipar o sentido de voto.
Jerónimo de Sousa criticou a "centralidade" que está a ser dada à questão do défice, argumentando que se fala menos de questões como a reposição de direitos. "Há sectores cujos direitos não se encontram repostos", como é o caso dos pensionistas - que "não viram qualquer aumento das suas reformas" -, aos quais é preciso responder.
Questionado pelos jornalistas sobre se o PCP defende um aumento real dos salários na Função Pública, Jerónimo de Sousa respondeu: "obviamente. Defendemos tanto para a Administração Pública como para o sector privado esse aumento". O secretário-geral acrescentou que "seria um mau caminho voltar a cortá-los ou a congelá-los". No entanto, quando questionado sobre o facto de a carta enviada pelo ministro das Finanças para Bruxelas, que prevê o congelamento dos salários na Função Pública, o líder comunista defendeu que as posições do Governo nunca inviabilizaram as posições dos comunistas.
Jerónimo de Sousa garantiu que, na audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o PCP afirmou que "tudo o que seja esse caminho [de reposição de direitos, de rendimentos, que dê respostas ao crescimento, ao investimento e ao desenvolvimento económico] o PCP estará presente". "Qualquer inversão desse caminho, o PCP naturalmente não estará de acordo", avisou, referindo que "vai haver uma prova importante" aquando da aprovação do Orçamento para 2017.
O líder comunista revelou que já estão em curso "contactos normais" com o Orçamento no âmbito da preparação do Orçamento do Estado.
(Notícia actualizada às 15:50)