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BE: "Presidente não tem nenhum motivo para intranquilidade"

Catarina Martins diz que não recebeu do Governo qualquer indicação de que o acordo não será respeitado e defendeu que os dados da execução orçamental até Junho são mais uma prova de que o caminho que está a ser seguido está certo.

Miguel Baltazar
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A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira, 25 de Julho, que o Presidente da República "não tem nenhum motivo para intranquilidade" quanto ao apoio do Bloco de Esquerda ao Governo, mas deixou um aviso ao Governo: se a execução orçamental está a correr bem, então é possível continuar o caminho seguido até agora.

As declarações da porta-voz do Bloco foram feitas aos jornalistas à saída de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que quis saber as "condições políticas de um próximo Orçamento do Estado", explicou Catarina Martins.

A líder do Bloco elogiou as medidas já adoptadas e que surgiram na sequência dos acordos assinados em Novembro passado, mas voltou a reiterar que o que foi conseguido até agora tem "limitações. "Esperamos continuar o percurso no próximo Orçamento do Estado" para parar com o empobrecimento.

Questionada sobre a "chantagem da União Europeia" com as sanções, a líder do Bloco de Esquerda disse que a resposta tem de ser dada no plano interno e externo, "recusando as sanções nas instituições europeias", um caminho que Catarina Martins diz estar disponível para ajudar o Governo, com o envolvimento da eurodeputada Marisa Matias na discussão do assunto no Parlamento Europeu.

Além disso, cá dentro, o Bloco considera que o Governo deve "preparar um Orçamento que seja fiel ao acordo" feito.

Apesar de ainda não conhecer o Orçamento do Estado, Catarina Martins assegurou que até agora não foi dada "nenhuma indicação" de que o acordo não será respeitado. Além disso, os dados da execução orçamental conhecidos esta segunda-feira são "positivos" e são "mais um factor para rejeitar sanções". 

Ao contrário de Jerónimo de Sousa, Catarina Martins adoptou uma estratégia diferente ao não querer comentar medidas específicas para o Orçamento de 2017. Questionada sobre o facto de o descongelamento de carreiras na Função Pública ficar para 2018, a líder do Bloco defendeu que "as negociações fazem-se à mesa com o Governo e o PS".

Sobre as dificuldades que podem ocorrer na negociação do Orçamento para 2017, Catarina Martins afirmou que todos os Orçamentos são "provas de fogo", que "exigem cabeça fria". 
     

(Notícia actualizada às 16h46)
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