Jean-Claude Juncker rejeitou, esta manhã, em Bruxelas, que a saída do Reino Unido represente o princípio do fim da União Europeia. No final da conferência de imprensa em que comentou o resultado do referendo no Reino Unido, um jornalista colocou-lhe essa questão. Juncker respondeu com um "não". Antes disso, tinha garantido que o acordo conseguido com os britânicos em Fevereiro fica sem efeito e enfatizou a necessidade de concluir rapidamente as negociações para a saída do Reino Unido.

"Estamos prontos para iniciar rapidamente negociações com o Reino Unido tendo em vista os termos e as condições da sua saída da União Europeia", afirmou Jean-Claude Juncker. Até à saída, o território britânico "continua a ser membro da UE" e, de acordo com os tratados, a legislação comunitária "continua a aplicar-se até que deixe de ser membro".

Em resposta aos jornalistas, Juncker disse que "a incerteza não pode manter-se durante demasiado tempo, é preciso acelerar as coisas".

Juncker afirmou ainda que o acordo alcançado com David Cameron, em Fevereiro, para travar a saída do Reino Unido da União Europeia "fica sem efeito" e "deixa de existir", e não vai existir "nenhuma renegociação" sobre a pertença dos britânicos à UE.

O presidente da Comissão disse ainda que espera que o Reino Unido se torne num "parceiro próximo da UE" e diz que o acordo que for atingido terá que "reflectir os interesses de ambos os lados".