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António Costa diz que importante é vencer as eleições

Em 2014 António Costa dizia que "não basta ganhar [porque] quem ganha por poucochinho é capaz de poucochinho". Agora, confrontado com a última sondagem que coloca a coligação PSD/CDS à frente dos socialistas, o secretário-geral socialista considera que “o essencial é estar à frente no dia das eleições”.

Bruno Simão/Negócios
19 de Junho de 2015 às 14:19
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"Não basta ganhar [porque] quem ganha por poucochinho é capaz de poucochinho" foi a afirmação proferida por António Costa, secretário-geral do PS, a 12 de Julho do ano passado referindo-se ao facto de as sondagens mostrarem que os socialistas, então liderados por António José Seguro, não conseguiam descolar dos partidos da coligação após três anos de governação assente na austeridade, em grande medida, imposta pelo memorando assinado com a troika.

 

Já esta sexta-feira, 19 de Junho, depois de várias sondagens que mostram que a coligação PSD/CDS e o PS estão a convergir em termos de intenções de voto, e confrontado com a sondagem da Universidade Católica para o DN, JN, RTP e Antena 1, publicada esta sexta-feira, que coloca o PSD ligeiramente à frente dos socialistas com uma vantagem de 1 ponto percentual, António Costa considera que afinal "o essencial é estar à frente no dia das eleições".

 

A reacção de António Costa foi hoje proferida ao início da tarde, no Largo do Rato, no âmbito da assinatura conjunta, com o líder do PSOE, Pedro Sánchez, de dois documentos que visam reforçar a cooperação ibérica. Os dois líderes socialistas mostraram confiança de que ambos sairão vencedores das eleições legislativas que se realizam em Espanha no próximo mês de Novembro e, ao que tudo indica, na primeira quinzena de Outubro, em Portugal.

 

A ideia de que o PS precisa assegurar uma vitória robusta nas legislativas que se avizinham, garantindo uma maioria absoluta que permita dar estabilidade ao próximo Governo, já tinha sido transmitida por Costa no próprio dia das eleições europeias, realizadas a 25 de Maio do ano passado, que os socialistas venceram com uma vantagem de cerca de 3,5 pontos: "Uma vitória que sabe a pouco", disse então o líder socialista ainda na noite das eleições.

 

A convicção de que se tratara de uma vitória demasiadamente escassa foi também evidenciada pelo fundador socialista e ex-Presidente da República, Mário Soares, que classificou o resultado alcançado pela lista encabeçada por Francisco Assis como uma "vitória de Pirro".

 

Foi depois deste resultado que António Costa mostrou disponibilidade para liderar o PS, espoletando um processo interno que culminaria com as eleições primárias e as eleições para secretário-geral do partido.

 

Esta sexta-feira, o antigo autarca lisboeta fez questão de sublinhar que "as sondagens que contam são as das urnas", assegurando que neste momento o mais importante é "continuar a trabalhar" para construir uma "alternativa" ao actual Governo protagonizado pelo PSD e pelo CDS.

 

Apesar de todas as sondagens publicadas nos últimos meses mostrarem que o cenário de uma maioria absoluta é cada vez mais improvável, António Costa acredita que é aquilo que é preciso é mostrar que o PS "merece ter uma maioria absoluta" nas próximas eleições. 

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