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António Costa: Esquerda em competição para ver quem é mais anti-PS

O líder socialista diz não estar preocupado com os resultados das sondagens. No entanto, Costa acusa os partidos da esquerda, com excepção do Livre, de estarem numa "competição" para escolher o partido mais anti-PS.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 25 de Junho de 2015 às 21:58
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António Costa deu uma entrevista ao Jornal da Noite, na SIC, esta quinta-feira, onde reiterou não estar preocupado com as sondagens. A jornalista da SIC, Clara de Sousa, começou por questionar a imagem e confiança dos portugueses no líder do Partido Socialista (PS), que, no passado, teceu duras críticas aos resultados do seu antecessor, José António Seguro.

Foi precisamente a incapacidade do PS, então liderado por Seguro, de descolar nas sondagens face a uma maioria responsável pela execução do programa de austeridade, acordado com a troika, que levou António Costa a avançar para a liderança dos socialistas. No entanto, o actual secretário-geral socialista considera agora que mais importante do que liderar as sondagens é estar à frente no dia das eleições.

O actual secretário-geral do PS defendeu-se afirmando que a maior parte dos eleitores determina o seu sentido de voto mais perto do dia das eleições. António Costa acusou os partidos da esquerda, com excepção do Livre, de estarem numa competição para decidir "qual deles é o mais anti-PS".

António Costa sublinhou uma vez mais que uma maioria PS é "desejável", o que não exclui o diálogo com os restantes partidos no Parlamento, afastando, desta forma, o "conceito redutor do arco da governação" onde "alguns estão restritos e outros têm um poder divino". 

Relativamente à única visita que fez ao ex-primeiro-ministro do PS, José Sócrates, o líder socialista recusou estender-se em comentários, voltando a referir-se àquela "regra clara de separação" a que tem aludido desde a detenção do ex-primeiro-ministro. "Mesmo que isso tudo me possa doer na esfera privada", admitiu para depois afiançar que "os portugueses não querem saber disso". António Costa citou ainda Maria José Morgado, afirmando que "os tempos da política não devem interferir os tempos da justiça".

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