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Costa assume que Orçamento "não está fechado" e que há que "fazer as contas"

Considerando o encontro desta terça-feira com os líderes do Bloco e do PCP "parte do processo normal" de negociação, o primeiro-ministro disse que a uma semana da entrega do Orçamento é tempo de "fazer as contas para que todos estes objectivos se possam casar harmoniosamente".

Miguel Baltazar/Negócios
05 de Outubro de 2016 às 12:39
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Já depois de considerar o discurso feito pelo Presidente da República nos festejos do feriado 5 de Outubro como "adequado aos tempos que vivemos", o primeiro-ministro, António Costa, abordou em que pé está a feitura do Orçamento do Estado para 2017, assumindo que "não está fechado".

 

Questionado pelos jornalistas presentes sobre o encontro que manteve na passada terça-feira com os líderes do Bloco de Esquerda e do PCP; Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, respectivamente, António Costa disse ter feito "parte do processo normal de trabalho entre nós".

 

Como a apresentação do Orçamento marcada para o dia 14 de Outubro, o chefe de Governo notou que "há que concluir os trabalhos" e que "há ainda uma semana de trabalho técnico intenso", período ao longo do qual há que "fazer as contas para que todos estes objectivos se possam casar harmoniosamente".

 

O primeiro-ministro salvaguardou que o objectivo passa por encontrar uma "resposta de continuidade àquilo que é a necessidade de reposição de rendimentos e de criar melhores condições para aumentar o investimento".

 

Apesar de não estar ainda concluído, o líder socialista aproveitou para assegurar que "não há nenhum motivo para angústia" dos portugueses. "Aprendemos colectivamente, ao longo deste ano, a perceber que é possível fazer aquilo que muita gente acreditava que não era possível", referiu o primeiro-ministro discorrendo sobre as muitas dúvidas que há um ano subsistiam sobre a então ainda em formação geringonça.

 

"Muita gente acreditava que não era possível ter estabilidade política", prosseguiu António Costa realçando o facto de a o Governo por si liderado, e apoio no Parlamento pelo BE, PCP e Verdes, ter conseguido conciliar a políticas de reversões com os compromissos assumidos com a União Europeia, designadamente o défice orçamental que em 2016 "será o melhor dos últimos 42 anos".

 

Segundo noticiava esta terça-feira à noite o jornal Público, já foram acordadas entre os parceiros que suportam o actual Executivo as principais directrizes políticas do próximo Orçamento faltando ainda, porém, chegar a acordo sobre as medidas compensatórias que terão de ser tomadas para pagar aquelas.

 

Ainda assim, António Costa deixou esta manhã a garantia de que as discussões com BE e PCP estão a ser feitas de forma a que o Orçamento para 2017 "dê continuidade a esta linha" de reposição de rendimentos e direitos, com Costa a salientar também a "reposição de feriados" neste dia em que a implantação da República voltou a merecer estatuto de feriado nacional.

 

António Costa deixou também uma nota positiva "à forma como a Assembleia da República e o Presidente têm agido", lembrando que "felizmente não estamos com a tensão de há um ano", até porque "hoje as pessoas podem viver com previsibilidade".

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