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CDS quer consequências políticas das viagens de governantes ao Euro2016

Assunção Cristas reitera que os secretários de Estado que viajaram ao Euro2016 a convite da Galp devem sair do Governo. O Executivo quis dar o assunto como resolvido mas "não pode terminar desta maneira."

20º Assunção Cristas, 285 notícias - No ano em que substituiu Paulo Portas na liderança do CDS e anunciou a candidatura à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas esteve em quase 300 notícias do Negócios
Miguel Baltazar
05 de Agosto de 2016 às 13:24
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A líder do CDS considera que o Governo tem um "estratagema", que passa por "mentir aos portugueses", uma vez que anunciou que vai adoptar um código de conduta para os governantes, mas isso já está a ser debatido no Parlamento. "Está neste momento em processo legislativo", acrescenta.

 

"Isto é escandaloso. É inadmissível. No CDS não deixaremos de continuar a impugnar" este caso e a pedir consequências, afirmou Assunção Cristas numa declaração aos jornalistas, no Parlamento, transmitida pelas estações de televisão.

 

"Ontem o sr. ministro [dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva] fez uma declaração absolutamente insuficiente. Quis dar o assunto como encerrado", ao anunciar que os secretários de Estado vão devolver o dinheiro à Galp e que vai ser adoptado um "código de conduta para membros do Governo e da administração pública que densifique a norma actual da lei, de forma a que se torne taxativa", explicou ontem Santos Silva.

 

Mas "achamos que [este assunto] não pode terminar desta maneira" e por isso o CDS vai "pedir que o Governo seja ouvido no Parlamento" ainda durante o Verão, adiantou Assunção Cristas.

O CDS reitera assim o pedido de demissão do secretario de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, por este ter aceitado uma viagem oferecida pela Galp Energia, empresa que está em litígio com a Autoridade Tributária, que é tutelada pelo governante socialista.

 

A líder populista considera que este caso tem de levar a que sejam retiradas "consequências políticas", até porque já há um enquadramento legal.

 

Assunção Cristas defende que se os secretários de Estado não se demitiram, "o primeiro-ministro deveria tê-los demitido". Este é um caso "grave, escandaloso e inadmissível", acrescenta.

 

Cristas diz estar "em absoluta condição de garantir" que não há deputados do CDS que tenham viajado nestas circunstâncias. Ainda que, considera a responsável, "há alguma diferença entre um governante" que tem na sua tutela "um contencioso" com uma empresa e aceita viajar com esta e os deputados.

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