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Vice-presidente do BCE: "O normal a curto prazo serão subidas das taxas de juro em 50 pontos base"

Luis de Guindos acredita que o futuro da política monetária da autoridade monetária passa por aumentos periódicos dos juros diretores em 50 pontos base. Lagarde já tinha alertado para os aumentos significativos que se avizinham.

Mário Cruz / Lusa
22 de Dezembro de 2022 às 12:38
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Nos próximos tempos, as taxas de juro diretoras na Zona Euro devem aumentar ao toque de caixa do Banco Central Europeu (BCE) e para o vice-presidente da instituição, Luís de Guindos, o ritmo é claro: 50 pontos base.

 

"As subidas [das taxas de juro] em 50 pontos base podem converter-se numa nova norma a curto prazo", considera o antigo ministro espanhol da economia em entrevista ao jornal francês Le Monde. O vice-presidente do BCE acrescentou que esse ritmo deve manter-se "durante algum tempo" até que "as taxas de juro estejam num nível restritivo".

 

Para de Guindos, "as medidas que tomámos até agora vão repercutir-se na inflação, mas temos de fazer mais". Desde o início da adoção de uma política monetária restritiva no verão deste ano, o BCE já aumentou os juros diretores em 250 pontos base.

 

Após uma década em mínimos históricos, os juros subiram pela primeira vez em julho (em 50 pontos) e novamente em setembro, novembro (75 pontos cada) e, agora, em dezembro mais 50 pontos base.

 

Após um último encontro do BCE em que foi determinada uma subida das taxas de juro em 50 pontos base, a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, já tinha avançado que os juros ainda irão aumentar "significativamente" para travar a escalada dos preços.

 

"A mensagem chave é que não só vamos subir os juros mais como teremos de subir significativamente", sublinhou Lagarde. A presidente do BCE clarificou ainda que estas mexidas serão feitas a um "ritmo estável", sinalizando que 50 pontos base em cada uma será um nível apropriado. A autoridade monetária volta a discutir a sua política monetária no início de fevereiro do próximo ano.

 

 

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