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Veterano do conselho do BCE aponta para pico das taxas de juro no verão de 2023

O governador do banco central dos Países Baixos considera "razoável" que o BCE continue a subir as taxas de juro até julho. Confrontado com uma possível recessão, Klaas Knot, acredita que "fazer pouco" para combater a inflação continua a ser o maior risco para a Zona Euro.

Klaas Knot. O seu mandato à frente do Banco da Holanda foi renovado por mais sete anos recentemente, mas é um possível candidato à presidência do BCE por ter a simpatia da Alemanha.
bloomberg
26 de Dezembro de 2022 às 11:28
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O membro mais antigo e também um dos maiores porta-vozes da ala "falcão" do Banco Central Europeu (BCE), Klaas Knot, apontou para que o pico das taxas de juro na Zona Euro seja alcançado no verão, após a "segunda metade do caminho" da política monetária restritiva.

O governador do banco central dos Países Baixos considerou, em entrevista ao Financial Times,  que a condução da subida dos juros diretores até julho do próximo ano seria "um ritmo bastante razoável de endurecimento" da política monetária.      

Confrontado com um possível risco de recessão na Zona Euro, previsto por vários economistas como expectável já no próximo ano, Klaas Knot não tem dúvidas: "O risco de fazermos pouco [para combater a inflação] ainda representa o maior risco"."Estamos apenas no início da segunda metade do nosso caminho", acrescentou.

O veterano do conselho do BCE considerou ainda que qualquer possível recessão na Zona Euro, mesmo que se verifique, será "de curta duração e superficial" e que em certos países da Zona Euro, como a Alemanha, os dados mais recentes "demonstram que o pior pode já ter passado".

O governador holandês defendeu ainda que em 2011 a autoridade monetária deveria ter "possivelmente prestado mais atenção" aos baixos níveis de inflação subjacente – que exclui os preços dos alimentos e da energia -  antes de subir as taxas de juro em resposta ao aumento dos preços do petróleo.  

A inflação na Zona Euro em novembro recuou dos 10,6% do mês anterior para 10,1%. Na última reunião de política monetária, em que o BCE decidiu aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base, a presidente da instituição, Christine Lagarde, avisou que os juros diretores ainda vão subir "significativamente", já que a inflação continua "demasiado alta".


Mais recentemente, as palavras da francesa foram ecoadas pelo seu número dois, o espanhol Luis de Guindos que afirmou que "o normal a curto prazo serão subidas das taxas de juro em 50 pontos base".

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