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Membro do BCE diz que inflação de um mês "não vai alterar a posição" do banco central

Yves Mersch defende que ainda é cedo para dizer que a batalha contra a inflação baixa e o fraco crescimento da economia da Zona Euro acabou.

06 de Janeiro de 2017 às 13:46
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Yves Mersch, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), defendeu esta sexta-feira, 6 de Janeiro, que ainda é prematuro declarar vitória na luta contra a debilidade económica da Zona Euro, apesar dos recentes sinais de subida da inflação na região.

"As estatísticas relativas a um mês não vão alterar a nossa posição", afirmou Mersch numa conferência em Paris, citado pela Reuters.

O membro do banco central acrescentou ainda que os salários não estão a crescer rápido o suficiente para alimentar a pressão inflacionista.

Os comentários de Yves Mersch surgem depois de ter sido revelado, esta quarta-feira, que a inflação na Zona Euro subiu de 0,6%, em Novembro, para 1,1%, em Dezembro. Já na Alemanha, a maior economia da região da moeda única, o crescimento dos preços acelerou para 1,7%, um nível já próximo da meta de 2% do banco central.

Os números provocaram uma subida generalizada dos juros da dívida dos países do euro – em particular, Portugal - devido aos receios de que a subida da inflação acima do esperado leve o BCE a retirar antecipadamente os estímulos à economia.

Na Alemanha, um grupo de economistas já defende essa reversão na política monetária do banco central, considerando que chegou a altura de normalizar os juros.

"É tempo de normalizar [a política monetária]," defendeu o economista-chefe do DZ Bank, Stefan Bielmeier, ao jornal Bild.


"Quanto mais cedo a taxa de inflação atingir o objectivo de 2%, mais depressa o BCE pode aumentar as taxas de juro. E os aforradores também tirariam partido disso", afirmou ao mesmo jornal Marcel Fratzsche, do DIW Institute. 

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