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Schäuble pede ao BCE que comece a retirar estímulos este ano

O ministro germânico diz que será talvez este o ano para começar a tirar o pé do acelerador dos estímulos e mostra-se preocupado com o aumento da inflação. Tem sido preciso um "grande esforço" para explicar aos alemães as vantagens de estar no euro, afirma.

25 de Fevereiro - Schäuble: 'A questão agora é saber se podemos acreditar no Governo grego. Existem muitas dúvidas
12 de Janeiro de 2017 às 17:24
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O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, instou o Banco Central Europeu (BCE) a começar a retirar os estímulos monetários que tem em curso na Zona Euro, admitindo que a inversão trará desafios e dificuldades.

"O BCE vai ter a difícil tarefa de sair da política monetária ultra-expansionista. (...) Seria talvez correcto se o BCE se atrevesse a fazer essa saída este ano," afirmou o ministro germânico numa entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, citada pela Reuters esta quinta-feira, 12 de Janeiro.

Os apelos de Schäuble chegam depois de, na última reunião do BCE, em 8 de Dezembro, a autoridade monetária ter estendido o actual programa de compra de activos (dívida pública e privada) até ao final deste ano, reduzindo no entanto a partir de Março, dos anteriores 80 para 60 mil milhões de euros, o montante mensal destinado a essas compras.

Numa outra frente, a dos baixos juros na região do euro (que estão em 0% para a principal taxa de refinanciamento), o disparo da inflação em Dezembro levou uma série de economistas alemães a pedirem ao banco central que eleve o preço do dinheiro sob pena de os aforradores alemães serem prejudicados na rendibilidade das suas poupanças no banco.

Com a inflação em valores mais próximos do objectivo do BCE - abaixo mas próximo dos 2%, que constitui o mandato de estabilidade de preços da instituição, aqueles economistas entendem que está na altura de aumentar juros.

Na mesma entrevista ao Sueddeutsche Zeitung, Schäuble acrescenta que tem sido preciso um "grande esforço" para explicar aos alemães as vantagens da pertença à moeda única e que o aumento da inflação só fará crescer as preocupações com as suas poupanças. 

O governante afirma ainda que o próximo executivo alemão, a sair das eleições marcadas para Setembro, "pode e tem de" baixar impostos tanto para os cidadãos como para as empresas.
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