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Preços subiram 0,6% em 2016, o máximo desde 2012

O aumento homólogo de preços em Dezembro foi de 0,9%, o que colocou a inflação média do ano em 0,6%, o valor máximo desde os 2,8% de 2012 e acima da média da Zona Euro, mas longe da meta do BCE para a moeda única.

11 de Janeiro de 2017 às 11:17
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Em média os preços em Portugal subiram 0,6% em 2016, revelou o Instituto Nacional de Estatística a 11 de Janeiro, quarta-feira. Trata-se de uma recuperação face 0,5% de 2015, do valor mais elevado desde os 2,8% registados em 2012, e próximo do dobro da média da Zona Euro. Em termos médios anuais a inflação subjacente (que exclui bens energéticos e alimentares) estabilizou nos 0,7%.

Em Dezembro a inflação homóloga em Portugal foi de 0,9%, subindo dos 0,6% de Novembro, puxada em boa parte pelo preço dos combustíveis. Sem bens energéticos e alimentares, a inflação homóloga subiu apenas de 0,45% em Novembro para 0,52% Dezembro, mostra o INE.

"Em 2016, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média anual de 0,6% (0,5% no ano anterior). Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média anual situou- se em 0,7% em 2016 (valor idêntico ao do ano anterior)", explica o INE.


Os preços energéticos marcam támbém a evolução dos preços na Zona Euro. A primeira estimativa do Eurostat, o gabinete de estatíticas da União Europeia, apontou para uma subida da inflação homóloga na Zona Euro de 0,6% em Novembro para 1,1% em Dezembro, puxada pelos preços dos combustíveis – o que deixará a inflação média anual na moeda única num valor em torno dos 0,2% a 0,3%, cerca de metade do valor nacional.  

O BCE está a lutar por fazer subir a inflação média da região para os 2%. As dificuldades do banco central em cumprir o seu mandato traduzem-se na lenta recuperação da inflação que, sem energia, aumentou apenas uma décima de 0,8% em Novembro para 0,9% em Dezembro. É este objectivo que explica os vários programas de compra de activos que o BCE tem no terreno e que prolongou até ao final de 2017.

Energia, transportes, vestuário e saúde mais baratos

Os números avançados pelo Instituto Nacional de Estatístca mostram ainda que, em média, os preços caíram em quatro classes de bens e serviços: energia (-1,8%), vestuário e calçado (-0,4%), Saúde (-0,4%) e transportes (-0,6%).



Os bens e serviços cujos preços mais subiram em 2016 foram as comunicações (3,2%), bebidas alcoólicas e tabaco (2,6%) e restaurantes e hotéis (2,2%).

"Ao nível das classes de despesa destacam-se os contributos positivos para a variação média anual em
2016 dos Restaurantes e hotéis e das Comunicações. Relativamente às contribuições negativas, destacam-se a dos Transportes e da Saúde, destacando-se esta última por ter registado um contributo positivo no ano anterior", escreve o INE, que faz ainda uma distinção entre bens e serviços. 

"Em 2016, e tal como verificado em anos anteriores, observou-se um crescimento médio anual mais elevado dos preços dos serviços que o observado para os preços dos bens. Com efeito, em 2016, os preços dos serviços aumentaram 1,5% (variações de 1,3% e 0,8%, respetivamente em 2015 e 2014) enquanto a taxa de variação média dos preços dos bens foi nula (-0,1% em 2015 e -1,1% em 2014)", explica.




(Notícia em actualização)

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