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Draghi elogia proposta de Merkel e Macron para reformar a UE

A proposta conjunta de Angela Merkel e Emmanuel Macron, os líderes das duas maiores economias europeias, para o aprofundamento da União Económica e Monetária foi recebida com agrado pelo presidente do Banco Central Europeu.

EPA
20 de Junho de 2018 às 16:14
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Mario Draghi elogiou esta quarta-feira, em Sintra, no Fórum do Banco Central Europeu (BCE), a proposta comum da Alemanha e França para o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM). Uma das propostas passa pela criação de um orçamento comum para a Zona Euro em 2021. Ao presidente do BCE agradou-lhe a "coragem" deste dois países. O documento é "vago", mas é um ponto de partida para se chegar a acordo. 

"O recente documento dos Governos francês e alemão é bem-vindo", afirmou Draghi, num painel do Fórum BCE, após ser questionado sobre o que acontecerá se uma recessão económica vier a impactar a Zona Euro mais cedo do que o esperado. Para o líder da política monetária do bloco, a reforma da União Económica e Monetária terá de fazer parte da resposta que, no futuro, o bloco dará aos desafios económicos. 

Draghi classificou este passo de "importante", principalmente por causa das "circunstâncias políticas muito difíceis em que [o documento] foi produzido". "Esta é a primeira vez que temos uma proposta vinda dos Governos", destacou, referindo que anteriormente a Comissão Europeia já tinha feito as suas propostas com base no relatório dos "cinco presidentes". "Pela primeira vez desde que discutimos o aprofundamento da UEM temos algo em que podemos trabalhar", disse. 

Ainda assim, Draghi apelidou o documento de "vago", assinalando que é preciso "muito trabalho" para chegar a um acordo a nível europeu. E esse acordo será essencial, na opinião do líder do BCE, para a resposta política a uma "hipotética recessão" num futuro próximo. 

O Banco Central Europeu exclui um cenário de recessão no mínimo até 2020. "Há uma menor crescimento,  mas nada que se aproxime a uma recessão", garantiu Mario Draghi. A existir, a resposta à qual deve ser a estratégia é "díficil" de dar neste momento.

Por causa da heterogeneidade dos Estados da Zona Euro, há países com espaço orçamental para responder às crises através de uma política expansionista, mas há outros países que ainda mantêm as limitações orçamentais, nomeadamente por causa do elevado nível de dívida pública.
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