Notícia
BCE mantém estímulos. Até quando?
Na última reunião antes das férias de Verão, o BCE manteve inalterada a política de estímulos. A dúvida persiste sobre quando o banco central começará a reduzi-los, de que forma e quando dará essa informação. Draghi dá conferência de imprensa às 13:30.
O Banco Central Europeu manteve a sua política de estímulos inalterada, com a taxa central estável em "zero", a taxa de depósitos dos bancos em Frankfurt em terreno negativo, e a continuação do plano de compras mensais de 60 mil milhões de euros em activos.
A informação foi avançada em comunicado, após a reunião de dois dias dos governadores do euro, e chegou sem surpresa. O que se quer mesmo saber agora é até quando o banco central manterá este rumo: esta será a principal questão que os jornalistas colocarão na conferência de imprensa do início da tarde, em particular se as novidades poderão chegar já em Setembro. As atenções estarão centradas também no que poderá ser o desenho de uma estratégia de saída: O BCE subirá primeiro a taxa de depósitos ou reduzirá o volume de compras de activos, a que ritmo, e começando já em Janeiro ou mais para meados de 2018?
O desafio de Draghi passará por não se comprometer em excesso perante estas dúvidas, mantendo um tom optimista, mas cauteloso, e procurando não gerar movimentos turbulentos no mercado, como já aconteceu duas vezes este ano.
No comunicado enviado à imprensa, o BCE manteve a mesma mensagem que partilhou em Junho. "O Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,40%, respectivamente. O Conselho do BCE espera que as taxas de juro directoras do BCE permaneçam nos níveis actuais durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de activos", lê-se na nota enviada pelo BCE, que repete as palavras da decisão do início de Junho, quando deixou cair a hipótese de baixar ainda mais as taxas de juro – um sinal de que os riscos de deflação tinha desaparecido, explicou Draghi.
Em relação ao programa de compra de activos, o BCE mantém também o compromisso de continuar as compras pelo menos até ao final do ano, "e, em qualquer caso, até que o Conselho do BCE considere que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo para a inflação", continuando até a admitir reforçar o programa caso sejam identificadas ameaças a uma recuperação sustentada da inflação para valores próximos dos 2%.
Em Sintra, no final de Junho, Mario Draghi garantiu "confiança", "persistência" e "prudência" na condução da política monetária, mas o seu discurso no Forum anual do BCE sobre banca central acabou por ser interpretado como um sinal de que planeia começar a retirar estímulos mais cedo do que tarde, isto porque também afirmou que "as forças deflacionistas foram substituídas por forças reflacionistas" e que a baixa inflação que ainda se experimenta na Zona Euro resulta de factores "principalmente temporários".
Em reacção o euro valorizou e os juros subiram, levando o banco central a reagir, garantindo que a reacção dos investidores foi exagerada e que nenhuma decisão seria ponderada antes do Verão. Esta é a primeira conferência de imprensa após o discurso de Sintra de 27 de Junho, e uma oportunidade para afinar a mensagem. O BCE volta a reunir para decidir sobre juros e política monetária a 9 de Setembro e, antes disso, no final de Agosto, Draghi discursará em Jackson Hole, na conferência anual da Reserva Federal norte-americana.
A informação foi avançada em comunicado, após a reunião de dois dias dos governadores do euro, e chegou sem surpresa. O que se quer mesmo saber agora é até quando o banco central manterá este rumo: esta será a principal questão que os jornalistas colocarão na conferência de imprensa do início da tarde, em particular se as novidades poderão chegar já em Setembro. As atenções estarão centradas também no que poderá ser o desenho de uma estratégia de saída: O BCE subirá primeiro a taxa de depósitos ou reduzirá o volume de compras de activos, a que ritmo, e começando já em Janeiro ou mais para meados de 2018?
No comunicado enviado à imprensa, o BCE manteve a mesma mensagem que partilhou em Junho. "O Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,40%, respectivamente. O Conselho do BCE espera que as taxas de juro directoras do BCE permaneçam nos níveis actuais durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de activos", lê-se na nota enviada pelo BCE, que repete as palavras da decisão do início de Junho, quando deixou cair a hipótese de baixar ainda mais as taxas de juro – um sinal de que os riscos de deflação tinha desaparecido, explicou Draghi.
Em relação ao programa de compra de activos, o BCE mantém também o compromisso de continuar as compras pelo menos até ao final do ano, "e, em qualquer caso, até que o Conselho do BCE considere que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu objectivo para a inflação", continuando até a admitir reforçar o programa caso sejam identificadas ameaças a uma recuperação sustentada da inflação para valores próximos dos 2%.
Em Sintra, no final de Junho, Mario Draghi garantiu "confiança", "persistência" e "prudência" na condução da política monetária, mas o seu discurso no Forum anual do BCE sobre banca central acabou por ser interpretado como um sinal de que planeia começar a retirar estímulos mais cedo do que tarde, isto porque também afirmou que "as forças deflacionistas foram substituídas por forças reflacionistas" e que a baixa inflação que ainda se experimenta na Zona Euro resulta de factores "principalmente temporários".
Em reacção o euro valorizou e os juros subiram, levando o banco central a reagir, garantindo que a reacção dos investidores foi exagerada e que nenhuma decisão seria ponderada antes do Verão. Esta é a primeira conferência de imprensa após o discurso de Sintra de 27 de Junho, e uma oportunidade para afinar a mensagem. O BCE volta a reunir para decidir sobre juros e política monetária a 9 de Setembro e, antes disso, no final de Agosto, Draghi discursará em Jackson Hole, na conferência anual da Reserva Federal norte-americana.