Notícia
Tom menos suave do BCE deu força ao euro e colocou pressão nos juros
As palavras de Draghi em Sintra foram interpretadas como um sinal menos suave do BCE. A taxa da dívida alemã duplicou.
A moeda única saiu revigorada dos ares de Sintra, enquanto as taxas das obrigações europeias tiveram um comportamento mais cinzento. A reacção do mercado às palavras de Draghi no Fórum do BCE, a 27 de Junho, mostrou a ansiedade com que os investidores olham para a estratégia de retirada dos estímulos e para o processo de normalização da política monetária.
A consequência mais visível foi no comportamento das taxas das obrigações europeias e do euros. Com o mercado a interpretar as palavras de Draghi como o princípio do fim do programa de compras, houve pressão nos mercados de dívida. A taxa alemã a dez anos, vista como a referência na Zona Euro, mais que duplicou desde as palavras de Draghi. A "yield" aumenta de 0,245% antes do discurso do presidente do BCE para 0,542%. Chegou a superar 0,60%, atingindo o valor mais alto desde o início de 2016.
Esta semana a BlackRock recomendou aos investidores privilegiarem acções em vez de obrigações, já que considera que o discurso de Draghi marca o princípio do fim da política ultraexpansionista, não só do BCE mas também de outros bancos centrais. Os especialistas da gestora antecipam uma subida moderada das taxas das obrigações. Mas mencionam que existe o risco, ainda que improvável, da normalização das políticas monetárias causar distúrbios e um disparo nas "yields".
Já a moeda única sai reforçada. Ganha mais de 3% desde o discurso do presidente do BCE em Sintra. Negoceia acima da fasquia de 1,15 dólares e tocou mesmo, esta semana, no valor mais alto em mais de um ano. "A Fed já não é o único banco central a sinalizar a normalização da política monetária", referem os analistas do Commerzbank. Realçam que "o BCE está também a discutir a saída da abordagem ultraexpansionista, o que está a alimentar a especulação sobre a subida das taxas de juro e a levar a um fortalecimento do euro".
A consequência mais visível foi no comportamento das taxas das obrigações europeias e do euros. Com o mercado a interpretar as palavras de Draghi como o princípio do fim do programa de compras, houve pressão nos mercados de dívida. A taxa alemã a dez anos, vista como a referência na Zona Euro, mais que duplicou desde as palavras de Draghi. A "yield" aumenta de 0,245% antes do discurso do presidente do BCE para 0,542%. Chegou a superar 0,60%, atingindo o valor mais alto desde o início de 2016.
Já a moeda única sai reforçada. Ganha mais de 3% desde o discurso do presidente do BCE em Sintra. Negoceia acima da fasquia de 1,15 dólares e tocou mesmo, esta semana, no valor mais alto em mais de um ano. "A Fed já não é o único banco central a sinalizar a normalização da política monetária", referem os analistas do Commerzbank. Realçam que "o BCE está também a discutir a saída da abordagem ultraexpansionista, o que está a alimentar a especulação sobre a subida das taxas de juro e a levar a um fortalecimento do euro".