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Turquia manda deter 42 jornalistas

Um dos nomes que consta da lista emitida pelas autoridades turcas é o de Nazli Ilicak, uma antiga deputada. Desde a tentativa de golpe de 15 de Julho, as autoridades turcas já detiveram, demitiram ou investigaram mais de 60 mil pessoas.

Reuters
25 de Julho de 2016 às 09:47
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O gabinete contra o terrorismo e o crime organizado do Procurador-Geral da República da Turquia emitiu um mandado de detenção de 42 jornalistas esta segunda-feira, 25 de Julho, no seguimento das operações desencadeadas desde o golpe de Estado falhado de há uma semana.

Em causa estarão profissionais da comunicação social ligados a meios com ligações a Fethullah Gülen, o teólogo turco exilado nos EUA e apontado por Ancara como estando por detrás da tentativa de golpe de Estado. A lista com os nomes dos detidos está a circular nas redes sociais.


O jornal online Cumhuriyet dava conta, há duas horas, de que cinco das pessoas que constam da lista já estão sob custódia das autoridades: Yakup Saglam, Ibrahim Balta, Seyit Kiliç, Bayram Kaya e Cihan Acar.

De acordo com a estação de televisão privada NTV, entre os nomes constantes do mandado está a de uma comentadora e antiga deputada pelo Partido Democrático, Nazli Ilicak, que ainda não terá sido localizada pela polícia. Um outro jornalista, Fatih Yagmur, fez saber da sua detenção pelo Twitter.

 

Desde a tentativa de golpe de 15 de Julho, as autoridades turcas já visaram mais de 60 mil pessoas, entre militares, elementos das forças policiais, juízes, funcionários públicos e professores nas suas operações, entre suspensões, detenções ou investigação, avança a agência Reuters.


Segundo a agência EFE, no ano passado as autoridades turcas mudaram a administração e despediram parte do pessoal de
meios de comunicação social alegadamente de linha gulenista (ligadas a Fethullah Gülen), como os jornais Zaman, Bugün ou Millet. Depois da intervenção estatal, os responsáveis por estes jornais criaram novos meios, como o Özgür Düsunce, onde trabalha Nazli Ilicak.

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