Notícia
Turquia manda deter 42 jornalistas
Um dos nomes que consta da lista emitida pelas autoridades turcas é o de Nazli Ilicak, uma antiga deputada. Desde a tentativa de golpe de 15 de Julho, as autoridades turcas já detiveram, demitiram ou investigaram mais de 60 mil pessoas.
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O gabinete contra o terrorismo e o crime organizado do Procurador-Geral da República da Turquia emitiu um mandado de detenção de 42 jornalistas esta segunda-feira, 25 de Julho, no seguimento das operações desencadeadas desde o golpe de Estado falhado de há uma semana.
Em causa estarão profissionais da comunicação social ligados a meios com ligações a Fethullah Gülen, o teólogo turco exilado nos EUA e apontado por Ancara como estando por detrás da tentativa de golpe de Estado. A lista com os nomes dos detidos está a circular nas redes sociais.
Abdullah Abdulkadiroglu ve Nazli Ilicak'in da aralarinda bulundugu gazeteciler süpheli sifatiyla gözaltina alinacak! pic.twitter.com/JP9rETc8xv
— Bayram Zilan (@bayramzilan) 25 de julho de 2016
O jornal online Cumhuriyet dava conta, há duas horas, de que cinco das pessoas que constam da lista já estão sob custódia das autoridades: Yakup Saglam, Ibrahim Balta, Seyit Kiliç, Bayram Kaya e Cihan Acar.
De acordo com a estação de televisão privada NTV, entre os nomes constantes do mandado está a de uma comentadora e antiga deputada pelo Partido Democrático, Nazli Ilicak, que ainda não terá sido localizada pela polícia. Um outro jornalista, Fatih Yagmur, fez saber da sua detenção pelo Twitter.
Hakkimda gözalti karari verilmis Sabah'in yayinladigi listeye göre.
— Fatih Yagmur (@fatihyagmur) 25 de julho de 2016
Issiz birakilmakla cezalandirmak yetmedi sanirim.
Desde a tentativa de golpe de 15 de Julho, as autoridades turcas já visaram mais de 60 mil pessoas, entre militares, elementos das forças policiais, juízes, funcionários públicos e professores nas suas operações, entre suspensões, detenções ou investigação, avança a agência Reuters.
Segundo a agência EFE, no ano passado as autoridades turcas mudaram a administração e despediram parte do pessoal de
meios de comunicação social alegadamente de linha gulenista (ligadas a Fethullah Gülen), como os jornais Zaman, Bugün ou Millet. Depois da intervenção estatal, os responsáveis por estes jornais criaram novos meios, como o Özgür Düsunce, onde trabalha Nazli Ilicak.