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Trump gosta da ideia de adiar acordo com a China para o pós-eleições

O presidente norte-americano disse que "gosta" da ideia de esperar pelo pós-eleições presidenciais de 2020 para fechar um acordo comercial com Pequim.

Reuters
03 de Dezembro de 2019 às 11:07
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Donald Trump disse esta terça-feira, 3 de dezembro, que poderá ser melhor esperar pelo período posterior às eleições presidenciais de 2020, que se realizam em novembro do próximo ano, para fechar um acordo comercial com a China. As bolsas mundiais estavam a subir, mas inverteram de imediato a seguir a estas declarações.

"De certa forma, eu gosto da ideia de esperar até depois das eleições para o acordo com a China, mas eles [Pequim] querem fechar um acordo agora e nós vamos ver se o acordo vai ser o correto ou não", afirmou o presidente norte-americano aos jornalistas em Londres, à margem de uma visita que marca os 70 anos da NATO.

Trump acrescentou que o que realmente importa para as perspetivas de um potencial acordo é a sua própria vontade: "Se eu quiser fazê-lo", disse, segundo a Bloomberg. "Não há nenhum prazo [para concluir as negociações]", assegurou, aumentando a expectativa de que a disputa comercial iniciada em 2018 possa prolongar-se por mais tempo do que o antecipado.

Estas declarações surgem depois de ontem o secretário para o Comércio, Wilbur Ross, ter dito que, num cenário de não acordo, a Casa Branca irá avançar a 15 de dezembro com mais um agravamento das tarifas aduaneiras (15%) a serem aplicadas sobre bens chineses importados para os EUA num total de 160 mil milhões de dólares.

As bolsas mundiais tinham vindo a subir há várias semanas na crescente esperança de que fosse avançar a "fase um" do acordo comercial parcial entre Washington e Pequim. A negociação na Europa arrancou em terreno positivo na sessão de hoje, mas inverteu logo após os comentários do presidente norte-americano. Os futuros de Wall Street também estão a registar perdas, prolongando as quedas à volta de 1% da sessão de ontem.

Hoje também é notícia que o Governo chinês estará a preparar uma lista negra ("blacklist") de empresas norte-americanas para uma possível retaliação. Este ano os EUA colocaram a gigante tecnológica chinesa Huawei na lista negra de empresas chinesas por receios relacionados com a "segurança nacional".
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