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Fecho dos mercados: Ameaças de Trump ditam perdas de cerca de 2% na Europa. Petróleo soma mais de 1%

O dia foi marcado por dados económicos favoráveis para os países da zona euro mas também por renovadas ameaças de Trump quanto à implementação de tarifas, as quais levaram a uma derrocada nas bolsas.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 deslizou 0,77% para 5.088,04 pontos
Stoxx 600 cedeu 1,58% para 401,01 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,72% para os 3.118,29 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 5,9 pontos base para os 0,455%
Euro valoriza 0,56% para os 1,1080 dólares
Petróleo em Londres soma 0,93% para os 61,05 dólares por barril

Trump volta a deixar bolsas de rastos

As principais praças do velho continente transacionaram em terreno negativo na sessão desta segunda-feira, 2 de dezembro.

O índice de referência europeu Stoxx600 perdeu 1,58% para 401,01 pontos, com todos os setores no vermelho, sendo que as maiores desvalorizações foram registadas pelos setores de telecomunicações e tecnológico. O Stoxx600 transacionou em mínimos de 21 de novembro.

O índice PSI-20 acompanhou a tendência de quedas com uma desvalorização de 0,77% para 5.088,04 pontos para o valor mais baixo do último mês. No entanto, com descidas superiores a 2%, as maiores quedas foram registadas pelas bolsas de Espanha (IBEX), Alemanha (DAX), França (CAC40) e Itália.

Uma vez mais, a negociação de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China foi o fator que mais contribuiu para determinar o rumo da negociação.

A notícia de que, num cenário de não acordo, o presidente norte-americano, Donald Trump, vai avançar com o agravamento das tarifas aduaneiras aplicadas aos bens importados da China, já a 15 de dezembro, penalizou o sentimento dos investidores.

A pressionar esteve igualmente a ameaça, também feita por Trump, de os EUA poderem reintroduzir taxas agravadas ao aço e alumínio oriundos do Brasil e Argentina, em resposta à desvalorização cambial promovida por estes dois países.

Juros portugueses em máximo de mais de três meses
Os juros a dez anos da dívida portuguesa subiram 5,9 pontos base para os 0,455%, tocando, desta forma, um máximo de 23 de julho. A tendência foi semelhante na Alemanha, onde as obrigações com a mesma maturidade sobem 7,7 pontos base para os -0,284%. 

Euro em alta há três sessões

A moeda única europeia mantém a tendência positiva que iniciou há três sessões, valorizando 0,56% para os 1,1080 dólares. A beneficiar a divisa do bloco estão os dados da atividade da indústria e dos serviços, medidos através do Purchase Management Index (PMI) e divulgados pela Markit, nos quais a Itália superou as expectativas, ao passo que França, Alemanha e Zona Euro mostraram melhorias na estimativa rápida.

No quadro da política monetária, os investidores estiveram ainda atentos ao discurso de hoje da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a qual prometeu uma revisão da estratégia e garantiu que serão seguidos dois princípios: "análise e mente aberta". 

 

Petróleo sobe quase 1% com novos cortes na mira

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, recupera depois de três sessões consecutivas de perdas. Neste arranque de semana segue a somar 0,93% para os 61,05 dólares, face a declarações sobre as futuras ações do cartel de exportadores. O Iraque afirmou que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e os respetivos aliados, entre os quais está a Rússia, vão considerar reforçar os cortes na produção de forma a controlar os preços na próxima reunião ministerial, que terá lugar esta semana.

 

Ouro sobe pela terceira sessão

Num dia de elevado pessimismo nos mercados acionistas, o ouro, que goza do estatuto de ativo refúgio, volta a ganhar. O metal amarelo soma uns ligeiros 0,03% para os 1.464,48  dólares por onça, depois de as cotações terem sido abaladas por dados inesperadamente positivos relativos à produção na China e na Europa, e que foram acolhidos ocmo bons sinais para a economia mundial. Este otimismo saiu abalado por duas ameaças de Trump. Por um lado, o agravamento das tarifas aduaneiras aplicadas aos bens importados da China no caso de estas nações não conseguirem firmar um acordo parcial. Por outro, pela possibilidade de reintroduzir taxas agravadas ao aço e alumínio oriundos do Brasil e Argentina.

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