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Abertura dos mercados: Bolsas europeias, juros e petróleo sobem
As bolsas europeias seguem com ganhos ligeiros, numa altura em que a especulação de novos cortes de produção da OPEP aumenta, o que está a impulsionar o petróleo. Os juros também estão a subir com perspetivas económicas mais animadoras.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,09% para 5.083,26 pontos
Stoxx 600 ganha 0,45% para 402,82 pontos
Nikkei desvalorizou 0,64% para 23.379,81 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,3 pontos base para 0,455%
Euro valoriza 0,01% para 1,1080 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,54% para 61,26 dólares o barril
Bolsas europeias sobem à espera de desenvolvimentos comerciais
As bolsas europeias iniciaram a sessão em alta, numa altura em que a frente comercial continua a condicionar a negociação.
Numa altura em que se aproxima mais um "deadline" na guerra comercial entre os EUA e a China (a 15 de dezembro está prevista a entrada em vigor de uma parte das tarifas anunciadas pelos dois países), Washington está a dispersar atenções. Ontem, Donald Trump admitiu impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, devido à desvalorização das moedas destes dois países da América do Sul.
Já ao final do dia, os EUA anunciaram que poderão avançar com taxas alfandegárias no valor de 2,4 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) à importação de produtos franceses, avançou a Bloomberg. Isto porque terminou a avaliação do imposto digital praticado por França, concluindo que este vai penalizar as tecnológicas americanas. Como resposta, os EUA poderá decretar taxas aduaneiras adicionais, que podem ir até 100%, sobre a importação de produtos franceses – como champanhe, malas de mão e queijos – até aos 2,4 mil milhões de dólares.
Os investidores aguardam agora por desenvolvimentos nestas questões, assim como em relação à China, com a guerra comercial entre Washington e Pequim a conhecer vários avanços e recuos.
O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a apreciar 0,45%, numa altura em que a tendência entre as principais bolsas europeias é de ganhos ligeiros.
Na bolsa nacional, o PSI-20 ainda iniciou a sessão em alta, mas já inverteu a tendência, com o setor do papel e a Nos a contrariarem a subida superior a 3% dos CTT.
Juros sobem para máximos de julho
As taxas de juro implícitas na dívida dos países europeus continuam a subir aos poucos. Passado o período de maiores receios relacionados com a evolução da economia mundial, os investidores começaram a expor-se mais a ativos com maior risco, como as ações, e a preterir os ativos considerados de refúgio, como as obrigações. Esta opção tem elevado as taxas de juro associadas às dívidas e Portugal não é exceção. A taxa implícita na dívida portuguesa a 10 anos está a avançar 0,3 pontos base, uma subida ligeira, mas que coloca a taxa num patamar idêntico ao observado em julho (0,455%). A "yield" alemã também avança 0,9 pontos para -0,275%.
Euro estável
As questões sobre as tarifas comerciais estão a deixar os investidores cautelosos, à espera de desenvolvimentos, numa semana em que não se antecipam novidades sobre a política monetária nos EUA ou na Zona Euro, cujos bancos centrais vão reunir-se e tomar decisões só na próxima semana. O euro sobe 0,01% para 1,1080 dólares.
Petróleo continua expectante com OPEP
Os preços do petróleo mantêm a tendência de subida, com os investidores à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que se vai realizar esta semana. O mercado está agora a prever que o cartel anuncie mais cortes de produção, depois de o ministro do Iraque ter admitido este cenário numa conferência de imprensa.
Assim, o barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a apreciar 0,54% para 61,26 dólares.
Ouro mantém-se próximo dos 1.500 dólares
O metal precioso segue em alta muito ligeira, com os investidores à espera de novidades sobre as questões comerciais. O ouro está a ganhar 0,03% para 1.462,95 dólares por onça.