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Dow mergulha 400 pontos após Trump dizer que acordo com China pode ser no fim de 2020

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, pressionadas pelo facto de o presidente norte-americano ter admitido a hipótese de poder só haver acordo comercial com a China após as presidenciais de 2020 nos EUA.

03 de Dezembro de 2019 às 21:06
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O Dow Jones fechou a perder 0,95% para 27.517,76 pontos e o S&P 500 recuou 0,66%, para 3.093,20 pontos.

 

O tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência, encerrando a desvalorizar 0,55% para 8.520,64 pontos.

 

Os principais índices de Wall Street negociaram assim perto de mínimos de um mês, isto quando na semana passada atingiram sucessivos máximos históricos.

 

A frente comercial continua a estar no centro das atenções e os mais recentes desenvolvimentos retiraram otimismo aos mercados acionistas. E hoje foi o possível adiamento de um acordo com a China para finais de 2020 que mais pressionou o sentimento.

 

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o vislumbrado acordo comercial com a China talvez não esteja assinado antes das eleições presidenciais de novembro de 2020. Foi o suficiente para agravar a tendência de queda em Wall Street, tendo o Dow Jones chegado a cair 400 pontos.

 

A negociação EUA-China com vista a um acordo comercial parcial – chamado de "fase um" –tem tido avanços e recuos, o que tem contribuído para uma maior incerteza nos mercados. E o facto de poder ser adiado por mais um ano coloca grandes questões, como saber se, nesse caso, entrará em vigor de uma nova fornada de tarifas aduaneiras a partir do próximo dia 15 de dezembro.

 

Por outro lado, Donald Trump voltou a brandir a ameaça de impor tarifas agravadas sobre o aço importado do Brasil e da Argentina, o que contribuiu para o clima de receio.

 

E não só. Ontem à noite ontem à noite foi avançada a informação de que os EUA estão a ponderar taxar o equivalente a 2,1 mil milhões de euros de produtos franceses, como o champanhe e queijo, devido ao chamado imposto Google. Paris já reagiu, ameaçando retaliar.

 

Os Estados Unidos disseram ainda que ponderam igualmente abrir investigações aos impostos sobre os serviços digitais aplicados pela Turquia, Áustria e Itália.

O facto de Trump apontar a arma das tarifas a tantas economias, da América do Sul à Europa, passando pela China, está a travar a expectativa de uma retoma económica global, sublinha a Bloomberg, o que assusta os investidores - que estão de novo a acorrer a ativos mais seguros, como as obrigações, que vêem por isso os juros implícitos caírem. 

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