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Trump: “As guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar”
Um dia depois de ter anunciado a implementação de tarifas sobre o aço e o alumínio, Donald Trump escreve no Twitter que "as guerras comerciais são boas".
Numa mensagem publicada esta sexta-feira, 2 de Março, no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, afirma que as "guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar". Estas palavras surgem um dia depois de ter anunciado que os Estados Unidos vão impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, uma medida que está a motivar respostas dos principais parceiros do país e a alimentar receios em torno de uma potencial guerra comercial.
"Quando um país (Estados Unidos) está a perder milhares de milhões de dólares no comércio com praticamente todos os países com quem faz negócios, as guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar", diz a mensagem do presidente norte-americano.
When a country (USA) is losing many billions of dollars on trade with virtually every country it does business with, trade wars are good, and easy to win. Example, when we are down $100 billion with a certain country and they get cute, don’t trade anymore-we win big. It’s easy!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 2 de março de 2018
Tal como já havia sido avançado durante a manhã, Donald Trump anunciou ontem que serão impostas tarifas "expressivas e amplas" sobre as importações de aço e alumínio (25% e 10%, respectivamente), numa medida que tem como objectivo proteger os produtores internos.
Trump concretizou ainda que esta decisão será formalmente assinada na próxima semana e que as tarifas ficarão em vigor "durante um longo período de tempo".
O anúncio, alinhado com a política proteccionista que tem sido defendida pela administração Trump, já mereceu a desaprovação dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, como a União Europeia, que se prepara para avançar com uma resposta.
Num comunicado, o presidente da Comissão Europeia disse que Bruxelas vai "reagir firmemente e proporcionalmente" para defender os seus interesses. Considerando que a imposição de tarifas vai agravar os problemas do sector, Juncker garantiu que a Europa não vai ficar parada "enquanto a indústria é afectada por medidas injustas que colocam milhares de empregos europeus em risco".
O presidente da Comissão Europeia reiterou também que, nos próximos dias, Bruxelas vai propor medidas "contra os EUA para reequilibrar a situação".
A China, por seu lado, apelou hoje a Washington que "trave" as medidas proteccionistas e "respeite as regras" do comércio multilateral.
"A China pede aos Estados Unidos que travem o recurso a medidas proteccionistas e respeitem as regras do comércio multilateral", afirmou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, citado pela Lusa.
"Se outros países seguissem o exemplo [norte-americano], teria um grave impacto na ordem do comércio multilateral", acrescentou Hua.