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EUA ponderam travar investimentos chineses no país e aplicar mais tarifas às importações

A administração norte-americana está a ponderar restringir os investimentos chineses em solo americano e aplicar mais taxas alfandegárias aos produtos chineses que entrem nos EUA. A imposição de tarifas sobre o aço e alumínio já fez a primeira baixa na equipa de Trump.

É a possível estrela de Davos. A presença de Donald Trump consta do programa, numa intervenção prevista para 26 de Janeiro às 13 horas locais (mais uma que em Lisboa). Chegou a noticiar-se nos Estados Unidos que a sua presença estava em dúvida, devido ao 'shutdown' no país, onde republicanos e democratas não estavam a conseguir acordo para o orçamento. O 'shutdown' terminou. E Trump é esperado no Forum de líderes.
07 de Março de 2018 às 09:07
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Um novo capítulo nas relações comerciais dos Estados Unidos com o estrangeiro pode estar a surgir. Depois do anúncio da imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio, o que pode prejudicar bastante a Europa, a administração norte-americana estará a dirigir a sua atenção para a China, a segunda maior economia mundial e um dos maiores detentores mundiais de dívida dos EUA.

A administração de Donald Trump está a ponderar restringir os investimentos chineses em solo americano e impor taxas alfandegárias à importação de vários produtos chineses, de acordo com fontes da Bloomberg. Num cenário mais extremo, Washington pode aplicar taxas a uma ampla gama de produtos chineses que vão desde vestuário e calçado à electrónica de consumo. Estas medidas, a confirmarem-se, surgem como uma retaliação por, alegadamente, roubos de propriedade intelectual por parte da China, acrescentam fontes da agência de informação.

O anúncio destas medidas deverá demorar, contudo, algumas semanas. É que os EUA estarão a investigar as práticas chinesas relativamente à propriedade intelectual e os resultados devem ser conhecidos nas próximas semanas e, se os EUA reagirem, deverá ser depois disso.

Para já, não há garantias que estas normas entrem em vigor. Mas se Trump decidir então aplicar taxas a vários produtos chineses, incluindo a electrónica de consumo, várias empresas norte-americanas podem também ser afectadas. Como recorda a agência, várias tecnológicas, como a Apple e a Amazon, têm produtos que são montados na China, e podem ser prejudicadas com a aplicação de tarifas à entrada no país. Por outro lado, as tecnológicas chinesas que estão a tentar estabelecer-se no mercado norte-americano podem igualmente ver a sua margem de manobra diminuída devido a estas medidas.

Tarifas causam uma baixa na administração Trump

Entretanto, a decisão de Donald Trump de aplicar taxas alfandegárias à entrada de aço e alumínio nos Estados Unidos já fez uma baixa na administração norte-americana. Gary Cohn, um dos principais conselheiros económicos do presidente dos EUA, pediu para abandonar as suas funções. No comunicado que chegou aos meios de comunicação presentes na Casa Branca, e citado pela Bloomberg, não há nenhuma referência a um desacordo em torno da política económica do país.

Contudo, fontes da agência indicam que esta demissão surge apenas algumas horas depois de Gary Cohn ter estado na Sala Oval com Donald Trump. O presidente dos EUA terá pedido a Gary Cohn que publicamente manifestasse o seu acordo quanto à imposição de taxas alfandegárias. Mas o conselheiro terá optado por não responder ao presidente dos Estados Unidos.

Gary Cohn decidiu assim sair do governo. No comunicado diz: "foi uma honra servir o meu país e promover políticas económicas pró-crescimento para beneficiar a população americana, em particular a aprovação de uma reforma fiscal histórica".

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